Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, a Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, juntamente com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realizou o 1º Seminário de Saúde Mental. A abertura do evento teve a participação do secretário da Saúde, Germano Zanforlim, da coordenadora de saúde mental, Karen Rafaela Santos, o psicólogo, Sergio Rossi, a coordenadora do CAPS, Domênica Santos, e o usuário da saúde mental, Maurício Malta.
A decoração do local foi feita pelos pacientes do CAPS em oficinas terapêuticas, onde se aprende além de outras atividades, a arte do artesanato. Para a coordenadora de saúde mental, Karen Rafaela Santos, o evento é comemorativo, mas reflexivo. “Temos desafios na reforma psiquiátrica, estamos aqui para pensar sobre a prática. Pensar no tratamento a partir da liberdade e cidadania”, disse.
O primeiro momento foi marcado pela conferência sobre o percurso histórico, avanços, entraves e desafios da reforma psiquiátrica, mediada pelo psiquiatra, doutor em educação, e mestre em psicologia social, Renato Diniz. Após a conferência, aconteceu a mesa sobre desafios da clínica contemporânea: álcool/outras drogas, medicalização da vida e população em situação de rua, ministrada pela psicóloga, Germana Pimenta, pelo médico de Família e Comunidade, Jésus Cardoso, pela psicóloga Renata Gomide e pelo psiquiatra geral e infantojuvenil, Rodrigo D’Angelis.
O período vespertino foi marcado pela Mesa “(Re) Inventar a Rede: Sustentar a diferença”, no qual foram discutidas a ampliação e integração da Rede de Atenção Psicossocial. Para a psiquiatra Laís Mendes Guimarães, é no território do paciente que há espaço de vida, crescimento e reabilitação psicossocial.
Para fechar o seminário, a última mesa discorreu sobre “A Saúde Mental no/em conflito com a Lei”, e o desafio na construção de respostas da rede de atenção e a possibilidade de responsabilização penal do sujeito em sofrimento psíquico infrator.