Um grande incêndio queimou 20 hectares às margens da MG-262, perto do Pico da Cartuxa, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, no fim da tarde do último sábado (31/08), informou o Corpo de Bombeiro.
O empresário Daniel Duarte, de 46 anos, registrou a queimada e mostrou que havia várias linhas de fogo, muita fumaça e chamas nos dois lados da BR. Também tinha risco para os motoristas que dirigiam na rodovia. Uma névoa de fumaça está sobre os municípios de Ouro Preto e Mariana.
Os incêndios florestais têm grandes impactos negativos no clima, principalmente porque as fumaças provenientes podem contribuir para o superaquecimento global, alterando o clima e trazendo consequências desastrosas para o planeta. Além disso, a maior parte dos nutrientes dos troncos e ramos das plantas são eliminados com a fumaça e carregados pelas primeiras chuvas, contribuindo também para a destruição das coberturas vegetais e acelerando o processo de ressecamento do solo, provocando erosão e assoreamento das nascentes e cursos d'água.
Provocar incêndio é crime previsto na Lei nº 9605/1988 com penalidade de reclusão de dois a quatro anos e aplicação de multa de R$1.500,00 por hectare queimado. A ajuda da comunidade no combate e preservação do meio ambiente é essencial!
Caso presencie algum princípio de incêndio, denuncie:
Guarda Municipal: 153
Bombeiro Militar: 193
Defesa Civil: 199
Os militares levaram três horas e meia para apagar os focos, e o risco foi minimizado. Foram utilizados sopradores, abafadores e mochilas costais no combate ao fogo. Não houve feridos.
A pergunta que fica é; quais ações foram desenvolvidas no sentido de prevenir?
Balanço
Nas últimas 48 horas, Minas Gerais registrou 175 focos de incêndio, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe).
De janeiro a agosto, as ocorrências de fogo chegaram a 5.227 em todo o estado. É o maior número de casos para o período em 21 anos.
Segundo o instituto, a falta de chuva contribuiu para o aumento de incêndios florestais. Não chove há 135 dias em Belo Horizonte.
Na expectativa divulgada no último boletim do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do Inpe, o risco de fogo permanecerá crítico em boa parte do território mineiro.
Foto: OiCram / Divulgação