Um dia abençoado para você querido leitor, na coluna dessa semana abordaremos um pouco o lado do Autismo, abril é considerado o mês de conscientização do autismo, sendo o dia 02 de abril o dia escolhido para representar essa condição. O autismo caracteriza-se por ser um transtorno do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades de comunicação e interação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.
O Fisioterapeuta, por fazer parte da equipe de reabilitação, atua conjuntamente com os outros membros da equipe (terapia ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo etc.) fornecendo suporte ao médico especialista no fechamento do diagnóstico de TEA. Mesmo antes do paciente receber o diagnóstico, alguns já precisam iniciar o tratamento fisioterapêutico, por evoluírem com Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM).
Nesta fase o atendimento vai se voltar para a aquisição de habilidades motoras, tais como: controle cervical e de tronco, as transições posturais, engatinhar e deambulação. Procurando proporcionar ao paciente independência funcional nas atividades cotidianas, ao desenvolver a coordenação, equilíbrio e autocontrole corporal, promovendo uma diminuição dos movimentos atípicos.
No prosseguimento do tratamento fisioterapêutico, as atividades lúdicas, com brinquedos coloridos, bolas e movimentos corporais, podem ser inseridos objetivando a melhora do equilíbrio, da força muscular e do contato tátil. Basicamente utilizamos a cinesioterapia associada ao lúdico para promover maior interesse e engajamento nas atividades propostas. E os recursos podem ser às Bolas suíças, rolos, prancha de equilíbrio, colchonetes.
Na área de abrangência do Fisioterapeuta, temos também a Fisioterapia Aquática e a Equoterapia que podem beneficiar bastante o paciente com TEA. Algumas crianças, que posteriormente receberão o diagnóstico de TEA, apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (ADNPM) e é esse atraso que leva os pais à procurarem o fisioterapeuta. Outras não evoluem com ADNPM e os pais procuram devido a marcha na ponta dos pés, falta de equilíbrio e coordenação motora grossa. Mas a priori, quando os pais perceberem essas alterações em sua criança, já devem buscar um fisioterapeuta.
A primeira delas é não desistir ao receberem o diagnóstico. Pois como muito tem sido falado: diagnóstico não é destino e cada criança é uma criança, mesmo recebendo o mesmo diagnóstico. Então, que os pais possam iniciar as terapias o mais cedo possível, viabilizando à sua criança as chances de ter um desenvolvimento funcional.
Dr. João Rezende - Fisioterapeuta