Espetáculos de música, teatro de cordel, mostra de artes plásticas e fotografia – protagonizados por mulheres – dão o tom da programação de março no Museu.
Para celebrar o Dia Internacional das Mulheres, o Memorial da Vale traz atrações protagonizadas por mulheres ao longo de todo o mês de março. A cantora Mariana Nunes, a musicista Igara, a atriz e cordelista Bianca Freire se apresentarão no museu evidenciando e enaltecendo o talento das mulheres, respectivamente, nos dias 09, 10 e 14 de março. Para exaltar o fazer artístico feminino e propor um olhar para o cotidiano das catadoras de resíduos, foi prorrogada até 31 de março a exposição CATA - Mudanças Climáticas e Catadoras, da artista plástica e fotógrafa Verônica Alkmim França, que busca valorizar o trabalho destas mulheres. A entrada é gratuita e a retirada dos ingressos pode ser feita uma hora antes dos eventos.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/.
Dona de uma voz marcante, a intérprete belo-horizontina Mariana Nunes abre a programação dedicada às mulheres. A cantora homenageia dois ícones femininos da música brasileira com seu show “LeeGal”. A artista vai levar, no dia 09 de março (sábado), às 16h, canções de Rita Lee e Gal Costa em um show dançante, animado e emocionante, que embala o público com sucessos que marcaram a trajetória das duas grandes artistas. O público poderá se emocionar e se divertir ao som de canções como Lança perfume (Rita Lee/Roberto de Carvalho; Chega mais (Rita Lee/Roberto de Carvalho), Um dia de domingo (Michael Sullivan/ Paulo Massadas), Barato total (Gilberto Gil), Massa real (Caetano Veloso), Pegando fogo (José Maria de Abreu e Francisco Matoso) e muito mais. A apresentação integra o projeto Memorial Mulheres - com curadoria de Juliana Nogueira - e terá intérprete de Libras.
A musicista diamantinense, Igara, se apresenta no museu no dia 10 de março (domingo), às 11h. A artista reúne em seu show um repertório que une as influências da música instrumental brasileira com a sua própria obra. Piano, clarineta, vibrafone, berimbau, congas, baixo elétrico, bateria e violão são os instrumentos do sexteto que a acompanha. Em 2023, Igara foi vencedora do prêmio BDMG instrumental e esteve presente com seu trabalho em programações relevantes, como o Instrumental Sesc Brasil, Savassi Festival e BH Instrumental, e tem sido mencionada como uma das principais revelações atuais da cena instrumental belo-horizontina. Seu primeiro lançamento autoral, um EP intitulado “O Piano, os Cavalos e o Mar”, foi lançado em fevereiro de 2024. A apresentação integra o projeto Memorial Instrumental, com curadoria de Juliana Nogueira.
No dia 14 de março (quinta-feira) às 19h30, o Memorial recebe teatro de cordel com o espetáculo “3 Contos de Amor”. A montagem traz para a cena cordéis autorais da atriz e cordelista que cresceu em Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, Bianca Freire. “3 Contos de Amor” tem o amor em sua faceta mais ingênua como mote: uma menina e a memória eternizada da vó, uma noviça que se apaixona por um sanfoneiro, e o romance proibido de uma ovelha e um bode. Com direção assinada pela atriz Mariana Arruda, do Grupo Maria Cutia, o espetáculo traz para a cena uma provocação ao jogo sincero e verdadeiro do palhaço, mesmo Bianca entrando em cena sem o nariz vermelho. A poética mergulha no teatro popular e nas memórias do Vale do Jequitinhonha com a atriz dando vida a uma boneca de cerâmica tradicional da região para contar suas histórias. A apresentação integra o projeto Gerais Cultura de Minas e terá intérprete de Libras.
Em cartaz no Memorial Vale, a exposição CATA - Mudanças Climáticas e Catadoras, da artista plástica e fotógrafa Verônica Alkmim França, foi prorrogada até o dia 31 de março para possibilitar que o público conheça o trabalho realizado pelas catadoras, no mês dedicado à mulher. CATA é composta por 24 imagens feitas em várias cooperativas que retratam a intimidade das mulheres na coleta de resíduos. A curadoria da mostra é da própria fotógrafa e da socióloga Sonia Maria Dias. Durante o projeto CATA, sete catadoras participaram de uma oficina de imagem com a técnica Cianotipia, na qual os resíduos foram matéria-prima para uma nova experimentação.
As catadoras produziram imagens que podem ser vistas na Midiateca e nos vídeos junto a exposição. A mostra reflete o encontro entre as artes plásticas, a sociologia e a educação popular através da cooperação entre a rede internacional Mulheres no Trabalho Informal Globalizado e Organizado (WIEGO em inglês) e a The University of Sheffield. Em seguida, CATA segue para exposição na The University of Sheffield, na Inglaterra, com abertura em 17 de abril.
Foto: Divulgação