Secretários de Estado de Saúde e técnicos de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul reuniram-se na tarde desta sexta-feira (2/06) para trocar experiências exitosas, durante o primeiro dia do oitavo encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), que acontece até amanhã (3/06) em Belo Horizonte.
A discussão principal foi sobre a elaboração de estratégias para digitalização dos serviços de saúde. No Grupo de Trabalho (GT) temático, os gestores apresentaram iniciativas como ferramentas de inteligência artificial aplicadas tanto à regulação quanto à cobertura vacinal, solicitação digital de medicamentos, aquisição de software único de predição e análise georreferenciada, adoção de base de dados única, teleconsultoria para urgências e teleatendimento na Atenção Primária à Saúde, entre outras.
O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, destacou a relevância do compartilhamento das práticas, protocolos e tecnologias para a melhoria nos serviços. “A saúde digital é um tema que todos nós estamos tentando desenvolver, é a saúde 4.0 e cada um dos estados está num estágio. Por isso, é importante essa troca de experiências, para acharmos o melhor caminho e, com isso, conseguirmos implementar políticas vinculadas à saúde digital, telemedicina e teleconsultoria", ressaltou.
Baccheretti salientou ainda a preocupação do grupo em buscar soluções para questões comuns. “Temos regiões limítrofes de cada estado que utilizam sistemas de saúde dos estados vizinhos e é necessária uma discussão e padronização, para que os recursos financeiros sejam devidamente destinados e os pacientes cheguem até lá de forma segura", pontuou o secretário.
Durante a reunião, também foram discutidas e encaminhadas questões relacionadas às compras compartilhadas e à padronização de medicamentos judicializados entre os estados das regiões Sul e Sudeste.
Para Miguel Paulo Duarte Neto, secretário de Estado de Saúde do Espírito Santo, se reunir com os demais estados para ouvir as experiências de cada um, trazer as melhores práticas e também as dificuldades da área da saúde é essencial, sobretudo, para antecipar problemas e buscar soluções para melhorar a saúde da população. “Além de saúde digital, tratamos de cirurgias eletivas, regulação de pacientes, judicialização e uma série de outros itens que compõem as dificuldades operacionais da saúde. Levo daqui principalmente as boas práticas de cada um dos exemplos, como Minas Gerais na gestão em consórcios, São Paulo na gestão de regulação e Santa Catarina com as filas integradas", afirmou.
Márcio Pacheco de Andrade, da Diretoria de Tecnologia da Informação e Governança Digital da Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina, defendeu a ampliação da cooperação entre os estados no compartilhamento também de tecnologia. "Nossa proposta é criar um fórum permanente entre os setores de tecnologia da informação para que possamos tratar as nossas dores nas secretarias de Saúde de uma maneira mais objetiva, cooperando uns com os outros de uma maneira mais eficaz e com o olhar para o futuro”, disse.
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