Um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta que a tarifa de energia elétrica dos brasileiros deve aumentar, em média, 5,6% em 2023. A alta na conta de luz prevista pela agência é superior à projeção que o mercado faz para a inflação no ano que vem.
A edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo Banco Central na última segunda-feira (21/11), prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, seja de 5,01% em 2023.
Os dados foram apresentados pela diretoria da Aneel para representantes da equipe de transição do governo federal relacionada à pasta de Minas e Energia em um encontro ocorrido na quarta-feira (23/11).
O aumento na conta de luz do consumidor pode variar de acordo com a região, pois os reajustes serão variados entre as distribuidoras de energia que atuam pelo país.
A Aneel informou que 22 distribuidoras, que representam 51% do total, devem reajustar o valor acima dos 5%. Das quais, 7 distribuidoras preveem um aumento superior a 10%. Por outro lado, 17 distribuidoras devem aumentar a tarifa em até 5% e outras 13 companhias visam diminuir o valor praticado atualmente.
Os diferentes percentuais de reajustes se devem à variação nos custos das operações de cada distribuidora. A agência esclarece que os números apresentados são estimados e podem variar após a homologação dos índices tarifários. Na média geral, o preço da energia deve crescer 5,6% no próximo ano.
Ainda de acordo com o material apresentado pela Aneel, nos últimos 12 anos, a tarifa de energia vem acompanhando o IPCA e inferior ao IGP-M, índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). As regiões brasileiras que vêm pagando a maiores tarifa são a Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
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