Minas Gerais corre sério risco de ver o retorno de doenças como a Poliomielite entre as crianças da maior parte de seus municípios. A constatação foi apresentada durante audiência pública na Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na quarta-feira (09/11), e acende um alerta entre especialistas de saúde de todo o estado.
A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde, Marcela Lencine Ferraz, apresentou dados e ressaltou que 765 municípios mineiros, 89% do total, estão com a classificação de risco alta para a reintrodução de doenças imunopreviníveis, que podem ser evitadas com a vacinação, como a poliomielite, sarampo e influenza.
“Não atingimos nenhuma das metas nacionais nas campanhas de vacinação desse ano. Temos um contingente importante de crianças que precisam ser vacinadas. Contra a Poliomielite tivemos 84%, a meta era 96%. Parece uma diferença pequena, mas esse passivo vai acumulando ao longo dos anos e desde 2016 estamos tendo quedas muito expressivas. O risco de recrudescimento de doenças que estavam sob controle é muito real”, aponta.
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