Modelo realiza medições e coletas de dados que podem ser consultadas por usuários e órgãos públicos.
Minas avança no desenvolvimento de soluções ambientalmente sustentáveis em áreas de conflito pelo uso da água, com a instalação de equipamentos para estruturação do primeiro sistema de monitoramento de recursos hídricos por telemetria do Estado.
O projeto piloto, realizado na Bacia do Entre Ribeiros, região Noroeste de Minas Gerais, tem como objetivo dar mais transparência ao uso de recursos hídricos, automatizando o acompanhamento de vazão dos rios mineiros em regiões marcadas pela escassez hídrica.
O monitoramento por telemetria faz medições e coleta de dados, que são enviados por satélite ou internet a uma central de informações, onde poderão ser consultadas pelos usuários e pelo órgão gestor de recursos hídricos. A tecnologia se tornou uma exigência para a concessão de novas outorgas a partir da publicação da Portaria nº 48, em outubro de 2019.
Desenvolvimento conjunto
Desenvolvido conjuntamente pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Associação dos Produtores Rurais e Irrigantes do Noroeste de Minas Gerais (Irriganor) e usuários da Bacia do Entre Ribeiros, o projeto conta com a participação de seis empresas de tecnologia responsáveis pela implantação de metodologias para estruturação de um sistema de verificação remota do uso da água.
Nesta primeira fase do projeto piloto, estão sendo instalados protótipos compostos por hidrômetros, horímetros e sondas de fluxo residual em propriedades rurais localizadas às margens da Bacia Hidrográfica do Entre Ribeiros. Cada protótipo vai integrar uma Unidade Demonstrativa de Sistema. “Desta forma, poderemos avaliar a melhor resposta e validar o melhor produto, levando em conta o menor custo de implantação, de operação e de manutenção”, afirma a analista de agronegócios do Sebrae Minas, Fabiana Vilela.
Para o diretor-geral do Igam, Marcelo da Fonseca, a instalação dos primeiros protótipos será crucial para demonstrar a viabilidade do projeto. “A partir de agora, os usuários irão visualizar os benefícios da tecnologia para a gestão local da água, e o Igam poderá dar início à construção de um moderno sistema de monitoramento por telemetria, garantindo mais eficiência na gestão das áreas de conflito pelo uso de recursos hídricos”, destaca.
A etapa experimental e as fases posteriores serão acompanhadas por pesquisadores, analistas e especialistas de todas as entidades envolvidas no projeto, tendo como resultado a obtenção da metodologia definitiva de monitoramento. A expectativa é que, ao final do projeto piloto, o sistema seja reproduzido nas demais bacias hidrográficas de Minas Gerais.
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