Um Plano Estadual de Educação que respeite a pessoa na grandeza de sua humanidade. Dessa forma, a secretária de Estado de Educação Macaé Evaristo do Santos, resumiu a essência do Projeto de Lei (PL) 2.882/15, do governador do Estado, que define as diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a educação pública mineira nos próximos dez anos. Ela participou da abertura do Debate Público Planejando a Educação em Minas Gerais – Metas e Estratégias para Financiamento e Redução das Desigualdades Educacionais, na manhã desta sexta-feira (19/2/16), no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). As atividades prosseguem ao longo desta tarde.
A secretária pautou sua fala em resposta aos protestos das galerias feitos no momento em que coordenadora do Fórum Estadual de Educação, Suely Duque Rodarte, defendia, além da inclusão da pessoa com deficiência, a inclusão de gênero e o respeito à diversidade. Ela foi aplaudida enquanto os manifestantes gritavam palavras contrárias à sua fala. “Todo cidadão merece ser educado e respeitado”, disse Suely Rodarte.
Para a secretária Macaé Evaristo, o Plano Estadual de Educação deve ser “banhado de humanidade, sem deixar ninguém de fora”. “Queremos que todas as pessoas tenham direito à voz e à educação. Vamos calar qualquer fascismo no nosso Estado”, afirmou. Segundo ela, a marca da construção do plano é que ele seja respeitoso, que possa compreender fundamentos diferentes, focado na defesa da vida. “O que muitas vezes nos incomoda são pessoas que a gente não sabe de onde vem, para tentar desconstruir a beleza do direito à construção do nosso País”, disse.
A coordenadora do Fórum Estadual de Educação, Suely Duque Rodarte, também defendeu que a edução não deve ser um projeto, mas sim uma política de Estado, que garanta a qualidade no ensino. Já a representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG), Feliciana Alves Saldanha, defendeu mais investimentos no setor, principalmente na educação básica.
Presente na abertura do evento, o vereador Arnaldo Godoy e a promotora de Justiça, Maria Elmira Evangelina do Amaral, defenderam o debate em torno da inclusão no processo educativo. Já a presidente da Associação de Diretores de Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg), Ana Maria Belo, disse que todos os diretores vão participar de forma efetiva e democrática na elaboração do plano.
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