Nos dias 25 e 26 de junho, Ouro Preto marcou presença na 4ª edição do Fórum Regional de Diversificação Econômica de Minas Gerais (FRDE), realizado na sede do Sebrae, em Belo Horizonte. No evento, foi assinado o laudo da Indicação Geográfica (IG) jabuticaba e seus derivados, originários de Cachoeira do Campo, que simboliza um avanço concreto no reconhecimento da fruta como ativo cultural e econômico da região.
Com a presença de autoridades, especialistas e representantes do setor produtivo, o evento promoveu diálogos estratégicos sobre os caminhos para uma economia mais plural e sustentável no estado. “A assinatura do laudo é resultado de um trabalho coletivo, que une governo, produtores e entidades locais. A IG representa uma oportunidade real de geração de emprego e renda, por meio do turismo criativo e da economia solidária”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, Felipe Guerra, que se destacou como a única representação institucional do setor público a ocupar espaço de fala na programação.
Também presente no ato, o presidente da Associação Sumo da Terra, Saulo Filardi, reforçou a importância da conquista. “A delimitação geográfica fortalece não só Cachoeira do Campo, mas toda a Região dos Inconfidentes. Com o apoio da Prefeitura, estamos desenvolvendo ações que integram o turismo com a produção local”, disse. A geleia de pimenta biquinho, produzida em Mariana, também recebeu a IG. Esses são os dois primeiros produtos da Região dos Inconfidentes a conseguir o reconhecimento.
Próximos passos
O laudo estabelece os limites geográficos do produto e é fruto de um trabalho coletivo que envolveu produtores, associações, poder público e empresas. O documento representa a consolidação de um processo colaborativo que vem sendo construído desde as primeiras edições do FRDE.
Segundo o responsável técnico pelo processo de reconhecimento de IG e diretor do Instituto Inovates, Anselmo Buss, com o laudo assinado, as IGs de Ouro Preto e de Mariana seguem para a fase de registro oficial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com previsão de conclusão em até setembro de 2025.
Diversificação econômica
Nos últimos três anos, Ouro Preto tem se destacado na construção de uma nova matriz econômica. Atualmente, é a cidade da Região dos Inconfidentes com o maior percentual de recursos próprios e a menor dependência da mineração.
Para Felipe Guerra, a transformação econômica do município passa por ações integradas entre o governo e a sociedade civil. “A diversificação econômica não depende apenas do poder público. A Prefeitura tem o papel de criar políticas estruturadas e garantir investimentos, mas a transformação acontece na ponta, com o engajamento das associações, dos empreendedores e da população”, frisou o secretário.
Foto: Divulgação