João Henrique do Vale
Pode aumentar o número de casos de sarampo em Minas Gerais. Este ano, o estado já confirmou quatro pessoas com a doença. Mas há o risco da doença ter infectado mais moradores. Em 73 cidades mineiras, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) já notificou 190 casos suspeitos da moléstia.
51 registros, do total, ainda estão sendo investigados. Quatro pessoas foram diagnosticadas com enfermidade. A baixa cobertura vacinal e o surto em estados vizinhos aumentam o risco da doença se espalhar em Minas, como mostrou o jornal Estado de Minas, em sua edição de 29 de julho.
Dados da SES mostram que mais de 8 milhões de moradores de Minas estão sem imunização adequada, o que corresponde a 38% da população. Profissionais de saúde receberam orientações para aumentar a atenção aos sintomas do sarampo. A Prefeitura de Belo Horizonte também fez um alerta, nesta semana, devido ao avanço da doença em São Paulo e Rio de Janeiro.
Minas Gerais, este ano, confirmou o primeiro caso autóctone – quando a transmissão ocorre dentro do território – de sarampo, em 20 anos, e em uma criança de 1 ano, moradora de Belo Horizonte. Outros três casos foram confirmados no estado. No último, o morador começou a sentir os sintomas em março. De lá para cá, não houve nenhuma confirmação da doença, mas 38 notificações continuam sendo investigadas.
As férias escolares aprofundam o perigo de rápida movimentação do vírus, pelo fato da doença ser altamente contagiosa. Muitos moradores aproveitam o período para viajar, o que propicia a circulação de várias enfermidades, inclusive o sarampo. Diante do risco, a SES emitiu uma nota técnica com alerta para profissionais de saúde sobre a necessidade de voltar a atenção para os sintomas da virose.
Vacina
A vacinação é a forma mais eficaz de evitar o sarampo. A Tríplice Viral, que protege ainda contra a rubéola e a caxumba, é oferecida de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São necessárias duas doses para pessoas de 1 até 29 anos. Quem passou dessa idade precisa ter tomado uma única dose do imunizante.
A cobertura vacinal acumulada da vacina Tríplice Viral, em todo o estado, está em 82,80% para a primeira dose, de pessoas de 1 a 49 anos, e 42,13% para a segunda dose, de 1 a 29 anos. Segundo a SES, 2.612.404 de pessoas não receberam a primeira dose da Tríplice Viral e outras 5.457.551 não tomaram a segunda dose. A meta estabelecida pelas autoridades de saúde é de 95% de cobertura vacinal.
Coloca em risco, principalmente, os bebês com menos de um ano, a baixa cobertura vacinal que propicia a circulação do vírus. As crianças só tomam a vacina a partir dos 12 meses de vida.