(Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação)
Na sessão da última quarta-feira (10), mais de dois terços da bancada mineira na Câmara dos Deputados votou a favor da reforma da Previdência.
Foram, ao todo, 39 votos favoráveis ao texto que altera as regras de aposentadoria e 14 votos contrários. Nenhum dos deputados mineiros se ausentou ou se absteve de votar.
Veja como votou cada deputado:
(Foto: Estado de Minas)
A reforma da Previdência foi considerada pelo deputado Fred Costa (Patriota) como um “antídoto necessário” para garantir melhorias para as próximas gerações. Ele afirmou que: “Se hoje está ruim, e é verdade que nosso país vive sua pior crise, poderá ficar muito pior se não tivermos essa reforma. Temos uma herança maldita de governos irresponsáveis que só se preocuparam com suas reeleições”.
Porém, de acordo com Rogério Correia (PT), as mudanças nas regras de aposentadoria não vão melhorar a vida dos milhões de desempregados e prejudicarão milhares de professoras. O petista criticou: “Como diminuir o salário dos aposentados e aumentar o tempo de serviços vai gerar mais empregos? Vai dificultar para o jovem entrar no mercado de trabalho. Uma professora que hoje trabalha durante 25 anos em sala de aula pode se aposentar desde que tenha 50 anos, na nova regra ela vai trabalhar sete anos a mais. É completamente injusto”.
O deputado Paulo Guedes (PT), homônimo do ministro da Economia que elaborou o projeto da reforma, atacou a proposta de Paulo Guedes e lamentou a liberação de emendas parlamentares por parte do Palácio do Planalto para conseguir votos a favor das mudanças.
Guedes afirmou: “Se essa reforma fosse tão boa não seria necessário pagar tantas emendas para conseguir apoio. São R$ 40 milhões para que um deputado vote contra o povo brasileiro. Não querem deixar o povo se aposentar mais”.
A deputada Greyce Elias (Avante), favorável às mudanças, avaliou que a reforma da Previdência será o primeiro passo, entre outras reformas, para que o Brasil se recupere economicamente.
Greyce disse que: “Hoje temos que investir R$ 500 bilhões todo ano para cobrir o rombo da Previdência. Dinheiro que poderia ir para a saúde e para a educação. Os empresários precisam de segurança jurídica para voltar a investir no Brasil. Depois teremos a reforma tributária e a discussão do pacto federativo”.