Luca Borgna, de 31 anos, foi eleito prefeito de Albaretto della Torre, cidade de 250 habitantes no Norte da Itália. De Teófilo Otoni para o mundo. Ou melhor, para a Itália.
Borgna, em entrevista exclusiva à ANSA, disse que: "Ser brasileiro em uma pequena comunidade italiana é algo muito bonito hoje em dia. Há muito respeito, integração e colaboração".
Segundo informações da agência, Luca foi adotado aos dois meses de idade por uma família italiana e, até os anos 2000, era o único brasileiro da cidade. Hoje há mais três vivendo lá, todos de Minas Gerais. Antes de ser eleito, Luca já havia sido conselheiro e assessor público. Ele é formado em enologia e trabalha como técnico agrícola e esteve no Brasil pela última vez em 2014.
O mineiro concorreu nas eleições municipais de 26 de maio e recebeu 142 votos dos 157 totais. Nove eleitores votaram em branco e seis, nulo. Sua candidatura foi apoiada pelo prefeito antecessor, Ivan Borgna. Apesar do mesmo sobrenome, um dos mais comuns no pequeno município, não há relação de parentesco entre Luca e Ivan.
Luca disse, em entrevista à ANSA, que acompanha a política no Brasil, mas prefere não comentar o assunto por não ter uma panorama completo sobre o assunto. O mesmo afirmou que: "Eu desejo ao Brasil um período de máximo desenvolvimento, um crescimento energético e o nascimento de mais grandes pensadores, para que a cultura se desenvolva e se crie bem-estar social a todos.”
Luca vai governar a Albaretto della Torre pelos próximos cinco anos e disse que, entre seus planos, estão obras de infraestrutura para: "Tentar melhorar os serviços locais, como acesso à internet, já que vivemos em uma cidadezinha quase de montanha. Também tenho a ideia de fazer de Albaretto della Torre uma cidade gêmea brasileira. Seria lindo poder fazer isso com meu município natal".