Quadro faz parte do acervo da Câmara Municipal de Ouro Preto.
O quadro centenário “Leitura da Sentença de Tiradentes”, que faz parte do acervo da Câmara de Vereadores de Ouro Preto, integra a exposição “230 anos da Inconfidência Mineira: Caminhos e descaminhos”, do Museu da Inconfidência. A mostra faz uma releitura dos fatos que envolveram a Inconfidência Mineira.
Segundo a diretora interina do Museu da Inconfidência, Margareth Monteiro, além de homenagear os 230 anos da Conjuração Mineira, a exposição tem o objetivo de trazer novas abordagens e significâncias. “A exposição mostra a importância dos inconfidentes em relação ao movimento porque a história fez o mito de Tiradentes e, de certo modo, esqueceu de falar dos outros Inconfidentes e da presença das mulheres no Movimento. Muita coisa precisa ser revista no discurso sobre a Inconfidência Mineira e essa exposição propõe um pouco disso. Para completar essa exposição o Museu, em parceria com a Câmara de Ouro Preto incluímos a tela ‘Leitura da Sentença de Tiradentes’. O quadro ocupa um espaço de destaque e mostra um pouco da trajetória do mártir”, explicou.
Para o presidente da Câmara, vereador Juliano Ferreira (MDB), o quadro retrata, de uma forma profunda e chamativa, o julgamento de Tiradentes. “Nesse aniversário de 230 anos da Inconfidência Mineira, a Câmara achou por bem compartilhar essa tela com as demais pessoas de todo Brasil que visitam a nossa cidade, para que elas possam apreciar essa grande obra de arte. É um empréstimo de 30 dias, mas há a proposta do Museu permanecer com o quadro e passar uma réplica fidedigna para a Casa. Nós acreditamos que no Museu o quadro ficará em um ambiente que oferece mais segurança. Espero que a gente possa dar continuidade a essa tramitação e que ela aconteça", destacou.
A exposição segue até o dia 16 junho e pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 18h, na Sala Manoel da Costa Athaide, que fica no Anexo I, do Museu da Inconfidência.
História do quadro
O quadro “Leitura da Sentença de Tiradentes”, datado do final do Império, é de autoria de Leopoldino de Faria (1836-1911), pintor oficial da Academia Imperial do Rio de Janeiro. Com três metros de largura por dois metros de altura, moldura dourada em rococó (estilo que surgiu na França como desdobramento do barroco), a tela passou por algumas intervenções de restauro feitas pelo artista Honório Esteves do Sacramento no ano de 1900. Com o passar dos anos, a obra sofreu muito desgaste e, em 2010, foi restaurada por Sílvio Luiz Rocha Vianna de Oliveira.
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