Ao longo de 2025, o Plano de Apoio à Diversificação Econômica (PADE) consolidou-se como uma das principais estratégias de Ouro Preto para reduzir a dependência da mineração e estimular novos vetores de desenvolvimento. Com ações integradas entre o poder público, sociedade civil, setor produtivo e instituições de ensino, o município alcançou resultados expressivos nas áreas de cultura, turismo, agropecuária, inovação, inclusão digital e empreendedorismo, beneficiando a sede e os distritos.
Governança e planejamento estruturado
Em abril, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ouro Preto (CONDES/OP) aprovou o Plano de Ação 2025, durante sua 13ª reunião ordinária. Foram chancelados projetos estruturantes e voluntários distribuídos entre os eixos de agropecuária, turismo, economia criativa, empreendedorismo, economia verde e inovação tecnológica. As deliberações garantiram alocação de recursos e apoio institucional a iniciativas executadas ao longo do ano, reforçando o modelo de governança colaborativa previsto pelo PADE, com articulação entre Prefeitura, ADOP e demais parceiros.
Cultura, economia criativa e empreendedorismo
Um dos marcos do ano foi a aprovação, em janeiro, da Lei do Plano Municipal de Economia Criativa (PMEC), que formalizou políticas públicas voltadas à valorização da cultura, do artesanato e do turismo cultural. Em junho, foi inaugurado o C.criA – Centro de Negócios Criativos | Hub Ouro Preto, espaço dedicado a artistas e empreendedores criativos, com coworking, incubadora e programas de capacitação.
Em agosto, cinco projetos foram selecionados para a incubadora criativa, recebendo mentorias e apoio à estruturação de negócios. O PADE também apoiou cursos e formações, como o curso gratuito de Iluminação Cênica, realizado em setembro, e a imersão “A Voz como Potência Criativa”, em novembro, que uniu formação artística e empreendedorismo. No encerramento do ano, o espetáculo A Paixão de Tito, apoiado pelo C.criA, reforçou o papel da cultura como vetor de desenvolvimento e geração de renda.
Turismo, eventos e valorização comunitária
No eixo do turismo, o PADE apoiou o Circuitos de Feiras – Vocações e Serviços do Território Glaura–São Bartolomeu, que promoveu nove feiras, 12 shows e oficinas infantis ao longo de 2025, mobilizando distritos e fortalecendo o turismo rural e comunitário. O encerramento ocorreu em outubro, no Largo do Marília, integrando sede e distritos.
Outro destaque foi o apoio à 267ª Festa de São Gonçalo e Cavalhadas, em Amarantina, que incorporou o festival gastronômico Sabores de Amarantina, valorizando a culinária local e impulsionando a economia rural e turística. O modelo do PADE também despertou interesse regional: representantes de outros municípios visitaram Ouro Preto para conhecer a estrutura do plano e do hub de inovação.
Agropecuária e identidade territorial
Em novembro, Ouro Preto oficializou o reconhecimento do Arranjo Produtivo Local (APL) da Jabuticaba, em cerimônia realizada em Cachoeira do Campo. A fruta passou a ser símbolo produtivo do município, abrindo caminhos para organização da cadeia produtiva, agregação de valor, incentivo ao associativismo e fortalecimento da economia rural.
Inclusão digital e infraestrutura
A inclusão digital também integrou a estratégia de diversificação. Em agosto, a comunidade de Engenho D’Água recebeu um ponto de internet livre com fibra óptica, garantindo acesso a serviços digitais, educação e trabalho remoto. A iniciativa reforça o entendimento de que desenvolvimento econômico passa também por conectividade e acesso à tecnologia.
Qualificação e geração de oportunidades
Entre maio e junho, o PADE promoveu um curso gratuito de capacitação para o turismo em Cachoeira do Campo, abordando temas como roteirização, marketing, associativismo e elaboração de projetos. A iniciativa buscou preparar moradores para atuar de forma profissional no setor, com inclusão e acessibilidade, incluindo transporte gratuito.
Balanço e perspectivas
O balanço de 2025 demonstra que o PADE deixou de ser apenas uma proposta e se tornou uma política pública efetiva, com impactos concretos na cultura, no turismo, na economia rural, na inclusão digital e no empreendedorismo. Ao combinar inovação, participação comunitária e valorização das identidades locais, Ouro Preto consolida um modelo de desenvolvimento plural e sustentável, lançando bases sólidas para os próximos anos.
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