A pesquisa Expectativa de Vendas Natal 2025, realizada pelo Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG entre 3 e 10 de novembro, revela que o comércio mineiro está confiante para o fim de ano. Segundo o levantamento, 52% dos empresários esperam vender mais do que no último Natal, enquanto 19,2% projetam um desempenho semelhante ao de 2024.
O estudo mostra que 56,3% dos comerciantes ficaram satisfeitos com o faturamento do Natal passado, considerado a data mais relevante para o setor e que impacta 89% das empresas entrevistadas. Para o último trimestre de 2025, o otimismo também prevalece: 50,6% acreditam em resultados superiores aos do mesmo período do ano anterior, que encerrou com desempenho satisfatório para 78,7% dos empreendedores.
Entre os fatores que alimentam a expectativa positiva para o Natal deste ano estão a confiança dos empresários, o valor afetivo da data, o aquecimento do comércio e o pagamento do décimo terceiro salário. As vendas a crédito devem predominar, representando 37,9% das respostas, enquanto não houve definição clara sobre o tíquete médio esperado.
Do outro lado, 17,7% dos entrevistados acreditam em vendas piores, motivados por percepções de comércio fraco, alto endividamento do consumidor, situação econômica instável e maior cautela nas compras.
Para impulsionar os resultados, os comerciantes planejam investir principalmente em propagandas, promoções e liquidações (29,5%), além de atendimento diferenciado (29%). Uma parcela menor, 7,8%, não pretende realizar ações específicas para o período.
A pesquisa revela ainda que 50,4% dos empresários já realizaram pedidos de Natal, embora ainda não tenham recebido as encomendas. Outros 23,5% já estão totalmente preparados para a data. Fora os tradicionais itens alimentícios, roupas e acessórios aparecem como os produtos com maior potencial de venda.
Setores como móveis e eletrodomésticos, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, além de livros, papelaria, tecidos, vestuário e calçados, devem sentir com mais intensidade o impacto das vendas natalinas. Entre os negócios que operam também pelo comércio eletrônico, 43,9% realizam vendas on-line, destacando roupas, acessórios e calçados como os itens mais procurados. Para 50,6% desses empreendedores, o faturamento digital deverá crescer entre 10% e 30% no período.
A economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, ressalta que o Natal mantém forte apelo emocional e impacto direto em diversos setores. Ela destaca que, apesar de desafios como o alto endividamento das famílias e o crédito caro, estratégias de venda bem estruturadas podem garantir bons resultados. “A diversidade de produtos, o atendimento diferenciado e a facilidade de pagamento podem atrair até mesmo o consumidor mais cauteloso, fazendo com que as expectativas positivas se confirmem por mais um ano”, afirma.
O levantamento ouviu 417 empresas do comércio em todas as regiões de planejamento de Minas Gerais e possui margem de erro de 5% para um intervalo de confiança de 95%.
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