Encerrando uma circulação marcada por emoção, acolhimento e arte, o espetáculo “Ô de Casa”, do Coletivo Arte Movi, finalizou sua turnê por Minas Gerais com grande sucesso. A produção percorreu as cidades de Itabirito, Caeté, Mariana, João Monlevade e Paraopeba, levando teatro, música e memórias afetivas a instituições de acolhimento de idosos e espaços comunitários.
Com atuação de Fernando Augusto e Adriana Maciel, o espetáculo contou também com intérprete de Libras, reforçando o compromisso com a acessibilidade e a inclusão cultural. No total, aproximadamente 400 pessoas assistiram às apresentações, que encantaram o público com uma proposta sensorial que mistura causos, canções e o cheirinho de café passado na hora — um convite à lembrança e à emoção.
A produção do espetáculo é assinada por Adriana Martins, que destaca o impacto transformador da circulação: “Levar arte a lugares onde o acesso é limitado — e onde muitas vezes encontramos pessoas que nunca tiveram a oportunidade de assistir a um espetáculo de teatro — transforma profundamente o sentido do nosso trabalho. Mais do que apresentações, cada encontro se torna um momento de descoberta, emoção e troca verdadeira. A Arte Movi tem como missão espalhar arte e cultura por todos os cantos, com um olhar especial para os espaços onde cada espetáculo é recebido como algo novo e encantador. É nessas ocasiões que a magia acontece: a conexão com o público é tão genuína que acaba enriquecendo nossa equipe de forma intensa e inesquecível, muitas vezes até mais do que aquilo que fomos levar.”
O espetáculo, de classificação livre, envolve o público em uma atmosfera intimista, que instiga os sentidos com cheiros, sabores e interações inesperadas. Entre café recém-passado, prosa boa e música, os personagens Chico Chicó e Maria Terezinha conduzem uma viagem pelas lembranças, transformando o teatro em um espaço de encontro e partilha.
Por sua vez, o ator e diretor Fernando Augusto também compartilhou sua emoção com a experiência: “Eu, Fernando Augusto, tenho 20 anos de caminhada na vida fazendo teatro. Depois de tantos anos, tive a oportunidade, como ator, de participar de uma circulação que fez o meu coração pulsar mais forte. A cada casa de idosos em que entramos com o espetáculo ‘Ô de Casa’, senti-me abraçado e profundamente valorizado. Foi como reencontrar a essência mais pura e verdadeira deste lindo trabalho que escolhi para a vida.”
Idealizado e produzido pela Arte Movi Produções Artísticas, sediada em Catas Altas (MG), o projeto foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, importante política pública de fomento que possibilitou o fortalecimento da cultura e a ampliação do acesso às artes em todo o país
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