A iniciativa aposta na escuta ativa e no protagonismo de grupos historicamente marginalizados, integrando a comunidade local na construção de sua própria memória. Lançado em 2023, o projeto já alcançou mais de 150 pessoas e segue em expansão. Para 2025, está prevista a inclusão de novos grupos, ampliando ainda mais o alcance da proposta e garantindo que a memória da cidade seja construída de maneira coletiva, plural e em constante transformação.
Utilizando a prática do Círculo de Construção de Paz e a metodologia da História Oral, o projeto promove encontros com crianças, adolescentes, idosos, mulheres em situação de vulnerabilidade social e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Esses espaços de escuta são acompanhados por oficinas lúdicas e atividades diversas, que incentivam os participantes a expressarem suas visões e vivências sobre a cidade. Mais do que preservar a memória local, o projeto visa garantir que a história de Mariana seja contada por quem vive e transforma a cidade todos os dias.
Com abordagem decolonial, “Mariana por quem a faz” busca romper com as narrativas tradicionais baseadas em uma perspectiva eurocêntrica, valorizando as histórias populares e vozes frequentemente silenciadas. A proposta reforça o papel do Museu de Mariana como espaço de diálogo, reflexão e construção social. A cada biênio, os relatos colhidos serão reunidos em um e-book de acesso gratuito, disponível no site oficial do Museu. O projeto também prevê a criação de uma videoteca, que servirá como acervo de apoio a futuras pesquisas sobre Mariana.
O Museu de Mariana conta com o patrocínio master do Instituto Cultural Vale, gestão do Instituto Cultural Aurum e realização da Prefeitura de Mariana e Governo Federal Brasil: União e Reconstrução via Lei Rouanet.
Foto: Divulgação