No próximo sábado, dia 30 de novembro, das 8h às 12h, estará aberta paravisitação gratuita a exposição “Jovens Olhares: entre a beleza de um povo e adestruição da mineração em Antônio Pereira”, na Escola Estadual Antônio Pereira (Rua Grande, nº 1). Realizada por jovens estudantes do distrito, a exposição é fruto das oficinas de fotografia que fazem parte do projeto “Direitos Humanos e Comunicação Popular” conduzido pelo Instituto Guaicuy (ATI Antônio Pereira), em parceria com a Escola Estadual Antônio Pereira, junto aos jovens do Ensino Médio.
O objetivo da exposição é ampliar o alcance das narrativas sobre Antônio Pereira, local onde vivem as/os nove jovens fotógrafas/os que lançam essa exposição coletiva. “A gente chama a atenção para as belezas que a gente tem risco de perder”, explica a jovem fotógrafa Joyce Giovanna de Assis Marques (Joy), de 17 anos, que, segundo ela mesma, é “apaixonada por todo tipo de arte.”
A iniciativa contou com o engajamento voluntário dessas/es jovens entre 16 e 18anos, que escolheram saber mais sobre o universo da fotografia como ferramenta de comunicação popular na defesa de direitos humanos. Para Ana Clara Costa, 18anos, a comunicação é a “chave” de tudo: “A comunicação pode frear um pouco os danos da mineração na comunidade”, afirma ela.
As belezas de Antônio Pereira
Aos olhos de jovens estudantes, Antônio Pereira é lindo! Assim nos mostra Ana Clara Costa, moradora do distrito desde os dois anos de idade. Hoje, com 18 anos, a estudante construiu uma relação de afeto com o lugar: “Quando mais nova eu odiava o Pereira, mas com o tempo comecei a ter uma relação de admiração e aperceber suas belezas.” Ela reconhece os problemas enfrentados pela população local, mas exalta o que há de belo: “Temos muito mais do que mineração… tem as cachoeiras, a Gruta da Lapa, mas as belezas de Antônio Pereira são os moradores!” Para Joyce Giovanna de Assis Marques (Joy), 17 anos, Antônio Pereira é onde se encontram suas raízes. A jovem vê com clareza, as pequenas belezas do cotidiano: “Eu acredito que, por ser um lugar pequeno, tem sempre aquela beleza da familiaridade. A avó que mora perto… Sentir o cheirinho da comida do vizinho”.
Foto: Divulgação