Uma das principais dificuldades no transplante de órgãos é o transporte do material para quem receberá a doação. Os atrasos podem afetar a qualidade do órgão e até acabar com as chances do transplante. Uma novidade tecnológica, no entanto, pode acabar com o problema. Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, conseguiram realizar um transporte do tipo usando drones pela primeira vez.
De acordo com os responsáveis pela experiência, a economia de tempo pode ser reduzida de 50% a 70%, contando do momento de retirada do órgão até a sua implantação no doador. “A melhor parte é que isso vai aumentar a qualidade dos transplantes, porque se você reduzir o tempo do órgão no trajeto, ele irá funcionar melhor no receptor no longo prazo. Nós acreditamos que isso pode acrescentar milhares de anos de vida ao sistema. Esse é o objetivo”, explica Joseph Scalea, um dos responsáveis pelo estudo.
Os testes utilizaram um modelo DJI Matrice 600, que possui 6 motores e capacidade para carregar até 6 kg. O drone ganhou uma caixa especial para o transporte, capaz de monitorar a temperatura, pressão, altitude e localização GPS. A “prova de fogo” aconteceu em março, com o transporte de um rim, em um transporte que levou 24 horas e percorreu mais de 1,6 mil km.
“A distância é limitada pela legislação, que exige que o drone esteja no campo de visão do piloto. Entretanto, eu prevejo um futuro de drones para o transporte de órgãos de longo alcance, com mais de mil milhas de autonomia. Esses drones ainda estão na infância, mas vamos começar a ouvir falar deles em breve”, indica