Nomeado como Vigário Paroquial da Paróquia São Judas, em Sandy Spring, em meados de maio, o sacerdote chegou no país nesta segunda-feira, 17 de junho, para atuar junto às comunidades brasileira e hispânica.
Ser Igreja em saída
Essa não é a primeira experiência missionária de Padre Thiago. Ainda durante o período formativo do Seminário São José, na Teologia, participou de semanas missionárias na Arquidiocese de Mariana e também nas Dioceses de Leopoldina (MG) e Januária (MG), onde também teve uma vivência durante a Semana Santa após ser ordenado diácono.
O sacerdote conta que sua maior motivação para seguir nesse caminho de amor é a frase “para onde Cristo nos levar”. “Meu horizonte de missão sempre foi estar disponível às necessidades da Igreja”, observa.
Segundo Padre Thiago, o desejo para a missão além-fronteira sempre esteve em seu horizonte vocacional. Entretanto, foi após uma viagem aos Estados Unidos e tendo contato com a realidade da Igreja presente no país, é que sentiu a necessidade de uma atuação missionária, especialmente, junto aos migrantes.
Posteriormente, a Arquidiocese de Atlanta enviou um convite à Arquidiocese de Mariana pedindo que ele fosse o presbítero responsável pelas comunidades brasileiras e hispânica em seu território, ministrando os sacramentos e acompanhando os grupos no que for necessário.
Expectativas e desafios
Já nos Estados Unidos, Padre Thiago espera servir o povo de Deus e contribuir para os trabalhos pastorais e de evangelização na Arquidiocese de Atlanta.
“Primeiro, conhecendo a realidade e [depois] dando continuidade ao trabalho de uma comunidade que há mais de 25 anos está constituída: a comunidade dos brasileiros na Arquidiocese de Atlanta. Então, as expectativas são de fazer esse trabalho, de levar também essa experiência que nós temos aqui, não só a minha de mais de dez anos [de sacerdócio], mas também a da nossa Arquidiocese [de Mariana] que, com certeza, nos ajuda a ter essa missão entre irmãos”, partilha.
Para o presbítero, entre os potenciais desafios estão as diferenças culturais, a distância da família e da Arquidiocese de Mariana. Em relação ao exercício do ministério sacerdotal, por estar em uma realidade particular, uma dificuldade apontada por Padre Thiago poderá ser no atendimento das confissões, visto que pode ocorrer um dilema linguístico ao atender pessoas de origens e línguas maternas diferentes.
“Estou indo para a missão para contribuir e também para aprender bastante […]. Estou indo para servir com alegria, com disposição, e peço as orações de todos”, declara.
Gratidão
Em conversa com o Departamento Arquidiocesano de Comunicação (Dacom), o sacerdote agradeceu às comunidades de fé por onde passou, em especial, às Paróquias Nossa Senhora das Brotas, em Entre Rio de Minas (MG); São Brás, em São Brás de Suaçuí (MG); e São José, em Barra Longa (MG).
“Sou muito agradecido a tudo que me aconteceu e a todos que estão comigo no meu caminho, que fazem parte da minha história”, afirma.
“A Arquidiocese de Mariana tem me ajudado a viver essa experiência como sacerdote na perspectiva da missão”, destaca Padre Thiago ao recordar sobre o ardor missionário entre leigos e clérigos desta Igreja Particular. “Minha palavra de gratidão a Arquidiocese que me formou nesse sentido, de ser um padre desse horizonte da missão e poder contribuir aonde for necessário levar o Evangelho”, ressalta.
Padre Thiago também pontua a atenção do Arcebispo Metropolitano de Mariana, Dom Airton José dos Santos, no discernimento e no despertar para a missão, ajudando-o pessoalmente neste processo. Ainda, o presbítero agradeceu a sua família pelo apoio e carinho.
Por Paulo Cesar
Foto: Divulgação / Arquidiocese de Mariana