Dados do último Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, elaborado pelo Sistema Ocemg em 2023, registram 62.448 postos de trabalho gerados pelas cooperativas do Estado, um incremento de 7% nas vagas em relação ao ano anterior. “Estamos cumprindo, ano a ano, nosso dever de gerar empregos na sociedade. Quanto mais cresce a aderência ao modelo cooperativo – e ela está em plena expansão –, mais aumenta a contratação de pessoas pelas nossas cooperativas”, explica o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato.
Mais do que abrir novas vagas, o cooperativismo se destaca principalmente pela oferta de empregos de qualidade. Os salários pagos aos colaboradores de cooperativas é 16% maior que a média dos empregados da iniciativa privada. “O dia 1º de Maio é uma data para lembrar uma luta histórica de trabalhadores por melhores condições e mais dignidade no trabalho. Nisso, as cooperativas dão o exemplo, oferecendo remuneração justa e investindo na segurança, no bem-estar e na felicidade de seus colaboradores”, ressalta Scucato.
Minas Gerais conta com 2,8 milhões de cooperados, e quase 40% de sua população está envolvida de alguma forma com o cooperativismo. Para manter esse mercado de trabalho pujante, o Sistema Ocemg investe na qualificação de mão-de-obra, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop-MG), desenvolvendo programas e projetos de formação para líderes e gestores cooperativistas, empregados e cooperados.
O resultado aparece no desempenho das próprias cooperativas. Localizada em Patos de Minas, a Cooperativa de Suinocultores Suinco é a maior empregadora da cidade e a terceira cooperativa que mais gera empregos em Minas. O diretor administrativo e financeiro da organização, Cleber Rosa de Magalhães, diz que a coop monitora seus índices de igualdade no quadro de colaboradores, buscando promover oportunidade a todos, sem distinção. “Estamos inseridos em uma região que conta com grandes cooperativas empregadoras, que representam parte da força de trabalho da região”, lembra ele.
Nesse contexto, a Suinco se destaca como a única cooperativa do Brasil detentora do Selo Mais Integridade – Amarelo, um reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária para empresas e cooperativas do agronegócio que se destacam em práticas de ética, sustentabilidade e transparência. “Isso só é possível devido ao elevado padrão de práticas no âmbito socioambiental, como investimento em energia renovável, coleta seletiva e apoio a projetos de impacto positivo na sociedade. Os colaboradores da Suinco podem manifestar qualquer infração ao Código de Ética da cooperativa, garantindo assim um ambiente seguro, justo e igual para todos”, justifica Magalhães. É dessa forma que contribui para um ambiente de trabalho mais produtivo, num mercado sustentável e em plena expansão do emprego.
Histórias de sucesso como a da Suinco reforçam exemplos de integridade, igualdade e sustentabilidade dentro do ambiente de trabalho, práticas perfeitamente alinhadas aos valores do cooperativismo. Mostram também o grande diferencial do modelo cooperativista, que é a inclusão econômica, seja como colaborador de uma cooperativa, seja como cooperado, reverberando no social e no ambiental.
Foto: Divulgação