Custo da obra pode superar os R$ 300 milhões.
Um documento com metas de curto, médio e longo prazo será concluído em 30 dias para resolver os problemas das BR-040 e BR-356 e será apresentado aos governos Zema e Lula.
Após ser aprovado pelos poderes estadual e federal, o documento será tratado como a principal proposta para retirar as carretas – carregadas com até 40 toneladas de minério – das rodovias no trecho entre Belo Horizonte e Conselheiro Lafaiete.
O próximo passo é apresentá-lo a Vale e demais mineradoras, que são donas das carretas de minérios e tratadas como responsáveis pelos estragos na pavimentação, congestionamentos e acidentes com mortes nas rodovias.
Esses foram os principais resultados de reunião que contou com a participação de quase 40 representantes de dez órgãos, entre eles de engenharia de tráfego e infraestrutura como DER, DNIT e ANTT, além de representantes do Governos estaduais e federal, entidades do setor minerário como ANM e AMIG, e membros da sociedade civil.
As soluções foram apresentadas durante uma reunião no Compor, braço do Ministério Público para resolver conflitos por meio da conciliação.
O Procurador Geral do Estado, Jarbas Soares, responsável por liderar a tentativa de acordo, afirma que a situação da BR-040 é gravíssima. “As propostas foram apresentadas pelos prefeitos da região e vamos consolidá-las em um documento, que será validado pelos governos municipais, estadual e federal. Vamos conversar com as empresas, que já mostraram interesse em resolver. Muitas pessoas não trafegam na rodovia porque sabem dos riscos. Não adianta apenas a concessão ser renovada, porque com este transporte de minério pelas vias, em menos de um ano vamos ter a mesma situação”, explica.
Os prefeitos foram responsáveis por apresentar as propostas. A principal alternativa é retirar as carretas das BRs e levá-las para estradas alternativas, que em alguns trechos serão exclusivas para veículos pesados.
O prefeito de Itabirito, Orlando Amorim (Cidadania), foi responsável por apresentar o projeto com propostas consideradas mais robustas. Segundo ele, as obras devem custar cerca de R$ 300 milhões e podem ser concluídas em um ano e meio.
Se tivermos a aprovação do MP e o acordo com as mineradoras em ceder parte das rodovias, e o terminal pronto, as obras iniciando neste ano, em um ano e meio temos tudo concluído. A estimativa é em cima de um projeto conceitual, não temos ainda um detalhamento. O terminal custaria R$ 50 milhões e a estrada mais R$ 80 milhões. Então, falamos em torno de R$ 130 milhões neste trajeto. Já na MG-30, esperamos orçamento na faixa de R$ 100 milhões. Portanto, são 300 milhões para consolidar todas essas alternativas e tirar o máximo de c Os prefeitos e a Associação de Municípios Mineradores (Amig) sugere transferir o fluxo de carretas de minério das duas BRs para estradas alternativas, que já existem, mas não são asfaltadas, em trechos que ligam a MG-030 e a ITA-330, que passa pelo município de Itabirito, na região Central.
Para que essas carretas cheguem até as estradas alternativas, seria necessária a extensão e modernização das vias que passam em terrenos que pertencem a mineradoras, principalmente a Vale.
Os prefeitos também sugerem o uso de uma estrada chamada Pico-Fábrica, que liga as minas de Pico e de Fábrica, também em Itabirito. Os trechos precisam ser asfaltados e são de domínio de mineradoras. Além disso, cita a Amig, seria necessária a criação de um terminal ferroviário. Carretas (das BR-040 e 356) para evitar a situação que temos hoje.
Foto: Divulgação