Segundo centro, cepa dominante é subtipo de influenza A, H3N2; OMS pede detalhes das autoridades chinesas de saúde.
Fotos e vídeos de hospitais lotados de crianças e pais tomaram a rede social Weibo nos últimos dias, na China, com o avanço dos casos de doenças respiratórias.
Entre 13 e 19 de novembro, segundo comunicado do Centro Nacional de Influenza da China nesta quinta (23/11), os surtos de gripe influenza cresceram para 205, contra 127 na semana anterior. A cepa dominante é H3N2, um subtipo de influenza A, de acordo com o órgão.
Em entrevista coletiva no último dia 13, Wang Dayan, diretor do centro, havia informado sobre o aumento das doenças respiratórias, descrevendo ser o início da temporada de gripe no país, que normalmente vai até março e tem seu pico durante janeiro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) soltou nota, em Genebra, na Suíça, informando ter feito "um pedido oficial à China para obter informações detalhadas sobre o aumento de doenças respiratórias e relatos de surtos de pneumonia em crianças".
A organização acrescentou que as autoridades chinesas "atribuíram esse aumento à retirada das restrições da Covid-19 e à circulação de agentes patogênicos conhecidos, como gripe, Mycoplasma pneumoniae (uma infecção bacteriana comum que normalmente afeta crianças mais novas), Vírus Sincicial Respiratório (RSV) e SARS-CoV-2 (vírus que causa Covid-19)".
Os relatos sobre Pequim são extensos, nas plataformas chinesas, com vídeos de filas nos hospitais e fotos de crianças estudando enquanto tomam soro, entre outras. Hu Xijin, do jornal Global Times e hoje uma personalidade de mídia social no país, escreveu que sua neta teve febre de 40,6º e "felizmente se recuperou".
Segundo o site Whatsonweibo, que monitora redes sociais do país, uma foto mostra um quadro de avisos, num hospital local, alertando os pais que mais de 700 pacientes estão esperando na fila, com estimativa de mais de 13 horas para a consulta médica.
Os casos não se limitam a Pequim. Uma estudante brasileira contraiu em Xangai, no fim de semana, o que foi diagnosticado como influenza A, também causando febre elevada e hospitalização.
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