Editais realizados em parceria com o Funbio destinarão R$ 29,1 milhões para instituições sem fins lucrativos em MG e ES.
As ações de reparação e compensação desenvolvidas com foco na biodiversidade terrestre e aquática avançam na bacia do rio Doce. Entre elas está a parceria da Fundação Renova com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para a publicação de cinco editais. O investimento total previsto é de R$ 29,1 milhões em instituições de pesquisa sem fins lucrativos atuantes em Minas Gerais e no Espírito Santo. O objetivo é fomentar o conhecimento científico e fortalecer estratégias de conservação sobre a fauna e a flora da bacia do rio Doce.
Serão três chamadas públicas em 2023 e duas em 2024. O primeiro edital teve as inscrições encerradas em julho e as propostas já estão em análise, com investimento previsto de R$ 9 milhões. Esse edital é direcionado a pelo menos 10 iniciativas voltadas à biodiversidade terrestre.
O segundo edital de 2023 está com as inscrições abertas até o dia 14 de agosto e prevê R$ 2,5 milhões para subsidiar projetos de pesquisa científica voltados para a biodiversidade aquática. A terceira chamada, que será lançada no segundo semestre, aportará R$ 3,6 milhões em projetos já existentes de conservação ex-situ (das espécies fora do ambiente natural). Em 2024, os dois editais estão previstos para o primeiro semestre e somarão R$ 14 milhões.
De acordo com a coordenadora de Biodiversidade na Fundação Renova, Juliana Lima, o objetivo é contribuir para o aumento do conhecimento sobre determinadas espécies que estão na bacia e mitigar o déficit histórico de informações. “Para que possamos proporcionar a conservação de alguma espécie ou do seu ambiente, é preciso, primeiramente, conhecer essas populações e seus habitats”, ressalta.
As propostas para o segundo edital de 2023 deverão ser submetidas até as 18h do dia 14 de agosto pelo site www.chamadas.funbio.org.br/projeto-biodiversidade-rio-doce-aquática.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.
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