Encontro arquidiocesano em vista da rearticulação da Comissão Justiça e Paz na Arquidiocese de Mariana.
O encontro aconteceu à luz do Pilar da Caridade do Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE 2022-2026), da promoção e defesa da vida e da dignidade humana e do cuidado com a Casa Comum e é um dos desdobramentos dos compromissos assumidos pelo Eixo Dignidade Humana e Direitos Sociais no 8º Fórum Social pela Vida, realizado em Carandaí (MG), em novembro de 2022.
A reunião de sábado contou com a assessoria e testemunho profético do presidente da Comissão Brasileira Justiça e Paz, Daniel Seidel, além da presença e participação do Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre José Geraldo de Oliveira, da Presidente Conselho do Laicato da Arquidiocese de Mariana (CLAM), Sônia Maria Barbosa, das Coordenações da Dimensão Sociopolítica Arquidiocesana e Regionais, da representação das Coordenações Arquidiocesanas das Pastorais Sociais, de participantes do GT Comissão Justiça e Paz no 8º Fórum Social pela Vida, da representação do Movimento Fé e Política e da Escola Fé e Política Dom Luciano.
Na pauta, houve uma oração inicial sob a iluminação do Evangelho do dia (Mt 9,14-17), seguida de uma Análise de Conjuntura (Política, Social e Eclesial) conduzida, brilhantemente, por Daniel Seidel.
À oportunidade, ele também apresentou a Comissão Brasileira Justiça e Paz aos participantes do encontro, bem como um breve relato do 4º Encontro Nacional da Rede Brasileira Justiça e Paz, que aconteceu nos dias 05 a 07 de maio, em Brasília. Com o tema “Democracia, Sociedade Civil e Sinodalidade!”, o grupo esteve representado em vista do planejamento das ações arquidiocesanas, em comunhão com a articulação nacional da Rede Brasileira Justiça e Paz.
Os participantes puderam também manifestar suas preocupações e externar suas dores em relação às expressões de violência contra a dignidade da pessoa humana a que se tem assistido. Além disso, eles apontaram quais os maiores desafios enfrentados no serviço pastoral e na incidência política na linha da denúncia das injustiças estruturais, da violação dos direitos humanos, da promoção da paz e da defesa da justiça, sobretudo ao lado dos mais empobrecidos na Arquidiocese.
Como encaminhamento, foi constituída uma Equipe Arquidiocesana de Articulação da Comissão Justiça e Paz composta pelos Padres Marcelo Santiago e José Geraldo da Silva, pela religiosa Irmã Arlene Simões e pelos leigos e leigas Silene Gonçalves, Leci do Nascimento, Sônia Barbosa, Dionísio Faria, Ana Maria da Paixão, Gilson de Oliveira, Thalison Carvalho, Bruno Queiroz, Magda de Fátima, Vilma Ferreira, Cândida Martins e Flávia Ribeiro, que se reunirá já no dia 16 de agosto.
O desejo da Equipe é organizar um planejamento prévio e submetê-lo às instâncias arquidiocesanas e ao Arcebispo, Dom Airton José dos Santos, para, com o aval necessário, proceder com a sua implementação na Arquidiocese de Mariana.
Além disso, foi proposta uma dinâmica de realização de grupos de estudos nas cinco regiões pastorais a partir dos subsídios oferecidos pela “Revista Casa Comum: cuidar de si, do outro e do planeta” (publicação trimestral de iniciativa da Ação Social Franciscana – Sefras), em preparação e já em diálogo com a proposta da Campanha da Fraternidade de 2024 que terá como tema “Fraternidade e Amizade Social”, à luz da Fratelli Tutti do Papa Francisco, na linha de Observatórios locais e regionais.
A partir desses passos iniciais, espera-se criar raízes fecundas nas paróquias, foranias e regiões, em vista da articulação efetiva das Comissões Justiça e Paz na Arquidiocese de Mariana.
Sobre a Comissão Justiça e Paz
A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) é um organismo da CNBB e assenta sobre o compromisso fundamental da construção da paz entre os seres humanos.
A CBJP reitera ainda a compreensão básica de que o caminho que conduz à paz é o da justiça entre os povos e as pessoas. Por isso, a sua atuação continuará a ser, necessariamente, alicerçada em uma vigilância constante perante as injustiças estruturais e atuais, e a sua denúncia. A CBJP quer ser vista como um sinal do Reino e um serviço para os seres humanos – uma forma de protagonismo dos leigos. Almeja alçar-se à condição verdadeira de manifestação profética em nome e em favor dos oprimidos. Instrumento a serviço da comunhão.
Texto: Flávia Ribeiro, pela Comissão Permanente do Fórum Social pela Vida e pelo Eixo Dignidade Humana e Direitos Sociais no 8º Fórum Social pela Vida.
Fotos: Cândida Maria / Divulgação