Anúncio das ações ocorreu durante a abertura da 32ª Expocachaça, que acontece em Belo Horizonte até domingo.
Na abertura da 32ª Expocachaça, que acontece de (06 a 09/07), na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) lançou o projeto “Promoção da Cachaça de Qualidade em Minas Gerais”, realizado em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o Sebrae Minas e o Sistema Faemg, entre outras instituições. Os objetivos são fomentar a legalização da bebida e diminuir a clandestinidade do setor, antigas demandas dos produtores regularizados.
As ações do projeto acontecerão em várias frentes, sendo as principais: incentivo à regularização, eventos institucionais, palestras de educação sanitária e capacitações técnicas, em cidades produtoras previamente selecionadas, e rodadas de negócios em Minas e internacionalmente. No Brasil, elas serão promovidas e divulgadas em parceria com o Sebrae-MG. Além disso, faz parte do escopo a atualização da legislação mineira que regulamenta a produção do destilado.
Já o público-alvo das atividades são os produtores de cachaça regularizados ou não, empreendedores de bares e restaurantes, empresas promotoras de eventos, buffets, supermercados e técnicos de entidades públicas e privadas. Orientações sobre a participação serão disponibilizadas pelos parceiros, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), o IMA, o Sebrae-MG e o Senar.
“O programa vem concentrar esforços para, de um lado, promover os produtores que já estão registrados e, do outro, trazer para a formalização aqueles que se encontram na informalidade. Assim como fizemos com o queijo, estamos quebrando paradigmas e convocando os produtores de cachaça em Minas Gerais para que venham somar a nós, por uma produção de qualidade, com consumo responsável e consciente”, explica o secretário de Agricultura, Thales Fernandes.
A previsão é de que a primeira das rodadas de negócios do projeto aconteça dentro da programação do evento Prepara Gastronomia, que ocorre entre (04 e 05/09), na sede do Sebrae em BH. A proposta é que sejam realizados cinco desses encontros até o fim de 2023.
Diagnóstico da cadeia
Em todos os dias de realização da Expocachaça, os servidores da Seapa, da Emater-MG e do IMA atenderão aos produtores mineiros da bebida em estande próprio. No local, os técnicos do Sistema Agricultura incentivam os empreendimentos de cachaça do estado a preencherem o Formulário de Produção da Cachaça Regularizada de Minas Gerais.
O questionário é uma iniciativa do Governo de Minas para levantar o perfil e realizar um diagnóstico preciso da cadeia produtiva no estado, direcionado exclusivamente aos empreendimentos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As respostas coletadas serão utilizadas para a elaboração de políticas públicas voltadas ao setor de forma mais eficiente.
A atualização das normas vigentes também é prevista pelo projeto de promoção da cachaça mineira. "Estamos fazendo, principalmente, uma revisão de toda a legislação da cachaça de alambique em Minas Gerais, com o objetivo de lançarmos uma lei estadual mais próxima da realidade desses produtores", explica o secretário Thales.
Certifica Minas Cachaça
A produção do destilado em alambiques é patrimônio cultural do estado e, para valorizá-lo, o Sistema Agricultura mantém o Programa Certifica Minas Cachaça. A política pública, de adesão voluntária, oferece uma alternativa aos estabelecimentos produtores para a conquista de novos mercados, nacionais e internacionais. O objetivo é garantir a qualidade e a autenticidade da cachaça mineira, além de promover boas práticas de fabricação, adequação social e responsabilidade ambiental.
Para obter a certificação, os produtores devem seguir algumas etapas. A primeira delas é conhecer a legislação vigente e as normas instituídas pelo programa. Em seguida, os interessados precisam solicitar a participação por meio de requerimento, fornecer a documentação exigida e assinar um contrato para os serviços de auditoria.
Após a solicitação formal, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) verifica as instalações do estabelecimento, entrevista os responsáveis e checa os registros. Caso sejam identificadas não conformidades, os produtores têm um prazo determinado para corrigi-las. Essa abordagem é uma oportunidade para o aprimoramento dos processos.
Por fim, cumpridos os requisitos e as eventuais melhorias, os estabelecimentos recebem o selo e o certificado da cachaça. Para quem produz, trata-se de uma maneira de diferenciar e destacar os seus produtos, encorajar a confiança dos consumidores e contribuir para a preservação da tradição.
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