O Museu Boulieu receberá a Série “Música de Câmara”, projeto da Orquestra Ouro Preto que reúne grandes talentos da música mineira para apresentações intimistas, repletas de excelência e versatilidade. A primeira apresentação em Ouro Preto será do Duo Mitre, que reúne em palco a pianista Luísa Mitre e a percussionista Natália Mitre. O concerto acontece no dia 31 de maio, às 20h, com entrada gratuita. A curadoria é do maestro Rodrigo Toffolo e a programação ao longo do ano prevê a apresentação de uma série de duos, trios e quartetos formados por artistas que são referência em seus instrumentos e se destacam no universo da música sinfônica ou popular.
Juntas desde o início de suas carreiras musicais, ainda na infância, as artistas que integram o Duo construiu uma conexão musical intensa que se reflete em suas performances e criações.Com o propósito de valorizar e difundir a música instrumental brasileira, a dupla lançou, em 2021, o disco "Seiva", ganhador do II Prêmio da Música Popular Mineira na categoria "Melhor Álbum Instrumental", cujas canções integram o repertório que será apresentado ao lado de composições de mulheres instrumentistas como Chiquinha Gonzaga, Lea Freire e Tânia Maria, buscando assim valorizar a produção feminina da música instrumental.
“Essa formação de vibrafone e piano, ou piano e percussão, é bem divertida e desafiadora porque é mais minimalista para executar tantos elementos musicais. Mas não nos faltam referências, que são nossas inspirações, como o duo de Naná Vasconcelos e Egberto Gismonti ou o de Gary Burton e Chick Corea”, pontua Natália Mitre. “E acaba trazendo uma relação mais íntima com o público também. Ao longo do show, a gente conta a história das músicas e tenta aproximar a nossa história do público que está nos assistindo”, completa a percussionista.
O projeto “Música de Câmara” dá continuidade à parceria entre a Orquestra Ouro Preto, o Instituto Cultural Vale e o Museu Boulieu. A curadoria vai ao encontro da vocação do espaço localizado na entrada da cidade histórica, valorizando as tradições e a arte barroca, sem perder de vista o olhar contemporâneo.
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