Em cerimônia realizada no próximo dia 29 de abril, sábado, às 11 horas, no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, o Festival de História (fHist) homenageia a fazendeira mineira Hipólita Jacinta Teixeira de Melo. Ela será a primeira mulher a ter reconhecimento histórico por sua importante e efetiva participação na Conjuração Mineira e seu nome ficará gravado no Panteão dos Inconfidentes.
“Decidimos fazer essa homenagem, em reunião realizada em janeiro, em Ouro Preto, quando discutíamos com a Prefeitura e o Museu da Inconfidência, a realização da edição especial do fHist, na cidade. O descerramento simbólico da lápide de Hipólita Teixeira no Panteão dos Inconfidentes será um desagravo pelo apagamento do papel desempenhado por mulheres na Inconfidência e em tantos outros movimentos políticos essenciais no processo de independência do Brasil”, diz a educadora Pilar Lacerda, que divide a curadoria do festival com o jornalista Américo Antunes.
O papel desempenhado por Hipólita na Conjuração Mineira será também tema de mesa de debates que encerra edição especial do fHist, realizada de maneira itinerante, em Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, no abril de histórias para não esquecer. Às 12 horas, ainda no Museu da Inconfidência, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha, a historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Heloísa Starling e as cantoras e compositoras Zélia Duncan e Ana Costa debatem o tema “Hipólita estava lá”.
Apresentada pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a edição especial do fHist, lançada em dezembro de 2022, é uma realização da Stratégia Cultura e Comunicação e da Nota. Nascido em Diamantina (MG), em 2011, onde as edições são realizadas a cada dois anos, o Festival de História é um evento aberto ao público em geral, cuja missão é contribuir para a popularização dos temas históricos no País.
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