Os ataques a escolas pautaram discursos de deputados durante a Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na terça (11/04), mais um ataque foi registrado em uma escola estadual de Santa Tereza de Goiás, deixando três alunos feridos. O suspeito é um estudante de 13 anos.
A deputada Bella Gonçalves (Psol) lembrou que, desde 2011, foram contabilizados dez atentados desse tipo em todo o Brasil, com 39 mortes. “Precisamos compreender esse fenômeno em crescimento na sociedade brasileira”, defendeu.
Para o deputado Bruno Engler (PL), a solução é implantar segurança armada nas escolas estaduais, conforme propõe o Projeto de Lei (PL) 3.595/22, de sua autoria, que aguarda parecer de 1º turno da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Precisamos de boas pessoas armadas para defender os inocentes”, afirmou.
O parlamentar também pediu apoio para a aprovação de outro projeto de sua autoria, o PL 1.115/19, que estabelece o sexo biológico como critério para definição do gênero dos atletas que participam de competições esportivas. “Precisamos impedir que homens que se sentem mulheres passem a dominar o esporte feminino”, defendeu.
O PL 1.115/19 recebeu o aval da CCJ nesta terça-feira (11/04), mas o parecer de 1º turno não foi votado por causa de um pedido de vista.
Reforma do ensino médio
Já a deputada Lohanna (PV) foi à tribuna para defender a participação popular no processo de revisão do novo ensino médio. Ela apontou como problemas da reforma da educação secundária a falta de infraestrutura das escolas públicas e o ensino em tempo integral, que tem afastado os estudantes que precisam trabalhar.
Na avaliação da parlamentar, as escolas particulares não enfrentam as dificuldades vivenciadas pela rede pública na implantação do novo ensino médio. “A educação se tornou um arcabouço de desigualdades, que separa ainda mais os estudantes pobres dos ricos”, alertou.
A instalação do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) em Ouro Preto (Região Central do Estado) foi o tema do discurso do deputado Leleco Pimentel (PT). Ele disse que o Consea municipal nunca teve conselheiros empossados, embora tenha sido criado por lei em 2006.
Segundo o parlamentar, 11.600 dos 75 mil habitantes de Ouro Preto vivem em situação de extrema pobreza, por isso, a atuação do Consea em políticas públicas de combate à fome é fundamental.
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