A Caixa Cultural do Rio de Janeiro será o abrigo temporário de um dos quadros expostos na Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP. A serigrafia Meus Amigos, Meus Inimigos – Salvemos Ouro Preto de autoria do pintor, gravurista e desenhista Carlos Scliar faz parte da exposição A Construção do Patrimônio, aberta à visitação até 22 de dezembro, que apresenta mais de 150 peças brasileiras.
A presidente da FAOP, Júlia Mitraud, falou sobre a importância do acervo da Fundação percorrer outros circuitos culturais do país. “É de fundamental importância que obras que fazem parte da história e da construção cultural do Brasil não fiquem estacionadas em apenas um local. Partindo dessa premissa, destaco a importância que trabalhos de artistas do quilate de Carlos Scliar estejam acessíveis a todos, permitindo que a população aprecie o patrimônio histórico e artístico brasileiro”, ressaltou a presidente.
O curador da exposição, Luiz Fernando de Almeida, em entrevista ao Arte Clube, relata que as obras apresentam uma linha do tempo dos anos 20 até a atualidade, do que se quis e do que se quer preservar para as próximas gerações. Luiz Fernando chama a atenção para a importância de o patrimônio ser visto como algo que dá sentido coletivo a um povo, e não apenas trabalhos raros ou ligados à belas artes.
A exposição conta também com obras do acervo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional | IPHAN do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, Museu Histórico Nacional, Música Nacional de Belas Artes, Instituto de Estudos Brasileiros | IEB-USP, Museu de Arte de São Paulo | MASP, Casa Juscelino Kubitschek, entre outros. Entre os artistas estão Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Mestre Vitalino e uma réplica de Aleijadinho.
A Caixa Cultural Rio de Janeiro fica aberta de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, na Avenida Almirante Barroso, 25, Centro da capital carioca.
CARLOS SCLIAR EM OURO PRETO
Nascido em Santa Maria | RS, em junho de 1920, o artista plástico Carlos Scliar teve seu primeiro encontro com Ouro Preto em 1961. Três anos mais tarde, comprou uma casa na cidade e passou a visitá-la constantemente durante grande parte da sua vida. Essa vivência resulta em importantes trabalhos na vida dele, como o álbum de serigrafias Telhados de Ouro Preto e Ouro Preto 360°.
Foto: Arquivo / FAOP