A Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, encerra a gestão 2019-2022 com desempenho histórico na atração de novos negócios e na geração de empregos para as famílias mineiras. O Estado fechou o período com R$ 274,4 bilhões em investimentos formalizados, 83% a mais do que a meta estabelecida no início da gestão, que era de R$ 150 bilhões, o que contribuiu para geração superior a 630 mil empregos com carteira assinada de janeiro de 2019 a novembro de 2022.
Os resultados são consequência das ações de melhoria do ambiente de negócios promovidas pelo Governo de Minas e do trabalho da equipe técnica da Invest Minas na prospecção ativa de novos projetos e na interlocução entre o Poder Público e setor privado para consolidar os investimentos.
Somente em 2022, foram formalizados 183 empreendimentos com volume total de investimentos de R$ 81,4 bilhões, 80% a mais do que a meta para o ano. Esse foi o segundo melhor desempenho de atração de investimentos da história de Minas, desde 1998, quando essa medição foi iniciada, atrás somente do ano passado, que registrou R$ 104,3 bilhões.
“Mesmo com uma pandemia, que afetou diretamente vários negócios, conseguimos superar as previsões iniciais de atração de investimentos em todos os anos desta gestão. É o resultado de um acerto na política econômica desta gestão e de muito esforço e dedicação da nossa equipe técnica na identificação de oportunidades e na interação entre os vários atores envolvidos para consolidar esses investimentos. E muitos desses investimentos ainda vão impactar positivamente a economia nos próximos anos”, afirma o CEO da Invest Minas, João Paulo Braga.
Entre os acordos fechados nesse fim de ano estão a construção de um complexo industrial têxtil da Arteca, em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com investimento previsto de R$ 180 milhões e geração de 600 empregos diretos e indiretos. A primeira fase da unidade deve entrar em operação já no primeiro semestre de 2023.
Outro investimento recente foi o da construção de mais uma unidade do condomínio logístico do grupo Citigate, em Itapeva, Sul de Minas, formalizado em novembro. Serão investidos R$ 110 milhões em um galpão moderno de 55 mil metros quadrados e com previsão de geração de cerca de 500 empregos diretos. Essa será a quarta unidade da empresa na região, que é hoje o principal polo logístico de e-commerce do país.
“Em um primeiro instante, a proximidade de importantes mercados consumidores e o entendimento dos benefícios fiscais municipais e estaduais foram atrativos importantes. Já no primeiro empreendimento, na vizinha Extrema, pudemos experimentar processos de licenciamento e aprovação exigentes, porém previsíveis, impessoais e eficientes. O ambiente de negócios que foi se consolidando nos municípios do Sul de Minas é receptivo e profissional”, afirma Celso Lima, sócio diretor da Bluecap, que administra o condomínio logístico.
Tecnologia e diversificação
A região que mais atraiu investimentos no Estado foi a Central, com R$ 19 bilhões em investimentos formalizados. O Norte de Minas foi a segunda região mais atrativa com R$ 13 bilhões em aportes acordados. O Sul de Minas vem em terceiro com R$ 5 bilhões. O bom desempenho da região Norte, uma das áreas com menor índice de desenvolvimento humano de Minas, se dá muito pelo grande investimento em usinas solares fotovoltaicas, o que transforma a área no principal polo de energia limpa do país atualmente.
“Além de ser um modelo sustentável de produção de energia, as usinas solares acabam trazendo consigo outros investimentos da mesma cadeia produtiva. É o caso das linhas de transmissão, que são necessárias para levar a energia das usinas aos centros consumidores. Outra demanda que está aumentando é a de fabricação de componentes eletrônicos para manutenção dessas plantas e também a demanda de mão-de-obra especializada para trabalhar nesses locais. Ou seja, os impactos positivos serão sentidos por muitos anos”, observou Braga.
Outro fato que chamou a atenção no final do ano passado foi a diversificação dos investimentos. Em 2022, foram formalizados aportes em 22 cadeias produtivas diferentes. Houve investimentos importantes desde as vocações tradicionais do estado, como mineração, metalurgia e agronegócio, como setores que fabricam produtos de maior valor agregado ou oferecem serviços especializados, como alimentos, bebidas, móveis, calçados e vestuário, produtos farmacêuticos e biotecnologia, além de empreendimentos turísticos e e-commerce.
“Esse é um dos compromissos desta gestão: agregar cada vez mais setores para a nossa matriz econômica, proporcionando um bom ambiente e oportunidades para todos os tipos de negócio. Quanto mais setores estiverem em Minas, mais empregos de qualidade e com melhores salários são gerados, aumentando a renda para os mineiros e mantendo pessoas qualificadas aqui no estado”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Fernando Passalio.
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