Com determinação, preparo e respostas rápidas aos municípios, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) estadual enfrentou diversos desafios em 2022.
No balanço das ações, foram 2.890 capacitações realizadas, com preparação de 1.185 agentes de Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Compdecs). Além disso, o plantão de emergência da Cedec realizou 230 atendimentos aos municípios afetados por eventos adversos relacionados às chuvas neste ano.
Período chuvoso 2021/2022
O ano de 2022 começou com um período chuvoso muito intenso, severo em termos meteorológicos, o que resultou em 450 municípios em situação de anormalidade (estado de emergência ou de calamidade pública).
A Defesa Civil estadual fez a articulação com órgãos e entidades para organizar ações de resposta e restabelecimento à normalidade, além do envio de equipe para auxiliar os municípios atingidos. Também foi prestado suporte na distribuição de cerca de 1.020 toneladas de material de ajuda humanitária.
Com o objetivo de atender melhor a população mineira, a Cedec incentivou a criação de Compdecs em todo o estado. Desde o encerramento do período chuvoso 2021/2022, 78 cidades implantaram ou começaram a fazer a implantação dessas estruturas.
Período de seca
Com relação ao período de seca, a Cedec-MG realizou, em maio deste ano, o ‘Seminário de Convivência com a Seca’ em Montes Claros, no Norte de Minas. O evento orientou os municípios para o enfrentamento das consequências da seca e contou com a presença de mais de 300 pessoas, dentre elas 25 prefeitos e quatro vice-prefeitos. No total, participaram do seminário representantes de cerca de 130 municípios.
Sobre as ações emergenciais, a Cedec atendeu 55 municípios, levando água para mais de 91 mil pessoas. Por meio do Transporte e Distribuição de Água Potável (TDAP), foram utilizados 70 caminhões pipa e 61.473.000 litros de água. Cestas básicas também foram distribuídas para as comunidades mais afetadas pela situação.
Em longo prazo, a Defesa Civil investe no Programa Água Doce, uma parceria entre o governo federal e órgãos estaduais como Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
Em 2022, a Defesa Civil entregou 27 sistemas implantados pelo projeto, que busca levar água potável ao povo da zona rural do semiárido mineiro por meio da implantação de sistemas de dessalinização.
Período chuvoso 2022/2023
A preparação para o período chuvosos 2022/2023 começou ainda em julho deste ano, com a orientação de municípios quanto às ações que devem ser tomadas para minimizar os impactos causados pelas chuvas. A Cedec instalou o Grupo Estratégico de Resposta, focado em ações de mitigação, e disponibilizou modelos de planos de contingência, de vistoria e uma cartilha de orientação para os municípios.
Além de treinamentos e cursos realizados em todo o estado, a Defesa Civil estadual promoveu, no final de setembro, o “Seminário de preparação para o período chuvoso 2022/2023”, com lançamento do “Plano de emergência pluviométrica 2022/2023”.
O evento contou com a presença de gestores estaduais, prefeitos, coordenadores/agentes municipais de Proteção e Defesa Civil (Compdecs), integrantes das Assistências Sociais Municipais e demais agentes públicos.
Investimento recorde
O ano de 2022 se encerra com o Governo do Estado fazendo o maior investimento em Defesa Civil da história de Minas Gerais.
Foram adquiridos e distribuídos 497 kits, que custam R$ 163,4 mil cada, contendo uma viatura 4x4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos. A ação busca estruturar os municípios e garantir melhor atendimento em situações de emergência, como inundações e outras situações adversas.
O investimento é fruto do Acordo Judicial, assinado em abril de 2020, que busca reparar danos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A., em Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e gerou impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.
Foto: Divulgação