Elon Musk, dono do Twitter, anunciou em seu perfil uma nova ferramenta de visualizações para a rede social na quinta-feira (22/12). "O Twitter está lançando o View Count, para que você possa ver quantas vezes um tuíte foi visto", afirmou o bilionário. A ideia, segundo ele, é mostrar que a rede social é "mais viva do que parece".
"90% dos usuários do Twitter leem, mas não tuitam, respondem ou curtem, porque são ações públicas", escreveu Musk. Atualmente, é possível ver as estatísticas da própria publicação, mas não a de outros. Com a ferramenta, que já está disponível para alguns usuários, os dados ficam públicos.
Durante os seis meses de negociação para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões, que foi concluída em outubro, Musk reforçou a intenção de tornar a empresa mais rentável. A plataforma enfrenta uma estagnação se comparada com as redes sociais concorrentes, como Instagram e Facebook.
Ao assumir o comando da companhia, o bilionário anunciou o Twitter Blue, por exemplo, opção de assinatura de US$ 8 (R$ 42) para ter o ícone de verificação azul da rede —ferramenta excluída após alguns dias e hoje restaurada. Cerca de 1.200 funcionários da empresa foram demitidos.
Na terça-feira (20/12), Musk afirmou que vai deixar a presidência da plataforma assim que achar "alguém tolo o suficiente" para aceitar o cargo. "Depois, comandarei apenas as equipes de software e servidores", afirmou.
O anúncio ocorreu após o bilionário perguntar aos usuários, por meio de uma enquete, se deveria deixar o comando da rede social. "Vou respeitar os resultados", afirmou. Cerca de 57,5% dos votos foram a favor de Musk deixar o comando da companhia, enquanto 42,5% foram contra a ideia. Participaram 17,5 milhões de pessoas.
Na última semana, a rede social suspendeu contas que rastreavam aviões de bilionários inclusive o de Musk e tirou do ar perfis de diversos jornalistas dos Estados Unidos, incluindo profissionais do New York Times e do Washington Post.
No domingo, o Twitter ainda informou que vai remover contas criadas exclusivamente com o propósito de promover outras plataformas e conteúdo que contenha links ou nomes de usuário. As plataformas são Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post.
As ações da Tesla, outra de suas empresas, caem desde quando o bilionário fez a oferta para comprar o Twitter no início deste ano.
Foto: Divulgação