Um grupo formado por cerca de 200 mil reclamantes brasileiros conseguiu ressuscitar um processo de 5 bilhões de libras (cerca de R$ 35 bilhões) movido na Inglaterra contra a mineradora anglo-australiana BHP pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, mais precisamente na comunidade de Bento Rodrigues em 2015, que causou o maior desastre ambiental da história do Brasil.
Em uma reviravolta, o Tribunal de Recursos de Londres disse hoje que permitirá que o caso seja reaberto, concedendo permissão para um recurso contra decisão de um tribunal inferior, que havia suspendido a ação em novembro.
Paralelamente, um acordo está sendo negociado entre as mineradoras Samarco, Vale, BHP e autoridades para reparar danos causados pelo rompimento. No começo deste mês, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), disse que o acordo poderá atingir R$ 100 bilhões a serem desembolsados em cinco anos.
As renegociações, já previstas para ocorrer desde 2016, começaram no mês passado e deverão durar cerca de 120 dias. O colapso da estrutura da Samarco, uma joint venture da Vale com o grupo anglo-australiano BHP, foi considerado à época o maior desastre socioambiental da história do Brasil, deixando 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba. Foram afetadas diretamente 41 cidades, segundo o MPF.
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Com apuração da Agência Reuters.