Na busca constante de valorizar nosso patrimônio imaterial e aproximar o público da música de concerto, a Academia Orquestra Ouro Preto apresenta, nos dias 19 e 20 de dezembro, realizam na Casa da Ópera de Ouro Preto (R. Brigadeiro Musqueira, 104), a peça “O Grande Governador da Ilha dos Lagartos”.
Trata-se de uma das raras óperas escritas em língua portuguesa, do compositor Antônio José da Silva (1705 – 1739), e a montagem relembra agora, em 2019, os 280 anos de sua morte trágica. O autor português inspirava-se no espírito e na linguagem do povo para construir suas obras, rompendo com modelos clássicos. Ele foi perseguido e morreu pela Inquisição, executado em praça pública em 19 de outubro de 1739.
O palco escolhido para receber a peça foi o histórico prédio da Casa da Ópera de Ouro Preto, o mais antigo teatro em funcionamento das Américas: “Queremos que as pessoas sintam a história de outro jeito, ao assistir uma ópera no local que foi feito especialmente para esse tipo de espetáculo”, explica o Maestro Rodrigo Toffolo, regente da Orquestra desde sua fundação, em 2000.
O espetáculo conta com elenco com 32 integrantes, entre atores, atrizes, figurantes e a orquestra, com direção de Julliano Mendes e participação dos solistas Carla Rizzi, Alberto Pacheco, Fabrízio Claussen e Carlos Eduardo Vieira. A Orquestra promove assim uma visita à história, que permitirá ao espectador conhecer uma parte da cultura brasileira ligada à ópera, à literatura e ao teatro.
Para o secretário de Turismo, Indústria o Comércio Felipe Guerra, a apresentação da peça “O Grande Governador da Ilha dos Lagartos” representa “outro trabalho magnífico da Orquestra que leva o nome da nossa cidade e nos enche de orgulho, que sob a regência de Rodrigo Toffolo, projeta Ouro Preto aos olhos do Brasil e do mundo”.
Sobre o a montagem, o secretário de Cultura e Patrimônio Zaqueu Astoni explica que o evento encerra um ano de intensa programação na Casa da Ópera e abre as comemorações do ano jubilar dos 250 anos da casa: “Com muito orgulho recebemos este espetáculo da Academia Orquestra Ouro Preto na Casa da Opera, que foi um sucesso de público e crítica e todo realizado por artistas da nossa cidade”.
Os figurinos da montagem, cedidos pela Fundação Clóvis Salgado, integram o acervo do Palácio das Artes e já foram utilizadas em mais de 80 espetáculos ao longo dos últimos 45 anos.
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