Durante o lançamento do Sons do Sagrado, realizado nesta quarta-feira (22/10), o secretário de Patrimônio Cultural e Turismo de Mariana e presidente do Conselho Municipal do Patrimônio (COMPAT), Marcos Eduardo Batista, anunciou que a Igreja da Confraria passará por obras de restauração emergencial.
A decisão foi tomada após reunião ordinária do COMPAT, realizada na última terça-feira (21), na qual o projeto de intervenção foi apresentado e aprovado em caráter emergencial. Segundo o secretário, a situação da igreja é grave e representa risco iminente de colapso estrutural.
“Entendemos que é uma preocupação coletiva em relação à atual situação da Igreja. A Igreja da Confraria tem um processo encaminhado para captação de recursos do PAC, mas se trata de um trâmite complexo e demorado. Aguardar uma posição poderia ser trágico, considerando a possibilidade real de desabamento”, afirmou Marcos Eduardo.
A restauração será viabilizada com mais de R$ 1,8 milhão em recursos já disponíveis. Desse total, R$ 1,3 milhão foram devolvidos ao Fundo Municipal de Patrimônio Histórico pela Arquidiocese de Mariana, como resultado de economias e investimentos anteriores. A esse valor, somam-se pouco mais de R$ 500 mil já disponíveis no COMPAT, permitindo o início imediato da obra.
Segundo o secretário, a execução do projeto seguirá os seguintes prazos: 30 dias para início das obras. 180 dias para conclusão da etapa emergencial
Inicialmente, a intervenção vai se concentrar na estrutura do templo, com ênfase na recuperação do telhado, principal ponto de comprometimento da edificação.
“Estamos correndo contra o tempo, já que nos aproximamos do período chuvoso. Por isso, a obra começa com foco estrutural. Nossa expectativa é que, durante essa etapa emergencial, o projeto principal consiga aprovação no PAC, garantindo a restauração completa da Igreja da Confraria”, explicou o secretário.
A decisão contou com o apoio da Arquidiocese de Mariana, que, segundo Marcos Eduardo, “tem atuado com responsabilidade e compromisso na preservação do patrimônio, respeitando os trâmites legais e contribuindo ativamente para a viabilidade do projeto.”
Foto: Cassiano Aguilar / Panfletu´s