"Estado Fantasma II" traz à tona a crise ambiental da maior planície inundável do planeta em apresentação gratuita no dia 4 de outubro de 2025, às 19h, no Teatro Municipal de Ouro Preto (MG).
A devastação ambiental que ameaça o Pantanal, um dos biomas mais ricos e vulneráveis do planeta, é tema do espetáculo “Estado Fantasma II”, da Cia de Dança do Pantanal, em uma apresentação gratuita e aberta ao público, por ordem de chegada, no dia 4 de outubro de 2025, às 19h, na histórica Casa da Ópera – Teatro Municipal de Ouro Preto (MG). O espetáculo retrata a destruição da floresta, as queimadas e a exploração predatória em movimentos que simbolizam a resistência e o renascimento da natureza e da cultura
De acordo com a diretora artística do Instituto Moinho Cultural Sul Americano e da Companhia de Dança do Pantanal, Márcia Rolon, “Estado Fantasma II” foi criado a partir do primeiro Estado Fantasma, de onde emerge a força da terra que se liga ao céu, mostrando o drama silencioso da floresta e seus espíritos, os Xapiris, que dançam diante do xamã evocando imagens de fumaça, raízes e vento.
Segundo o coreógrafo Fernando Martins “A montagem é uma coreografia visceral que traduz o desespero pela devastação ambiental e a urgência do cuidado com o planeta, com corpos que rastejam na lama, expelindo toxinas e buscando a reconexão entre homem e natureza. O espetáculo convida o público a sentir essa dor e ao mesmo tempo a esperança de renascimento”, diz.
O evento integra a programação cultural da Casa da Ópera, com direção de Márcia Rolon e coreografia assinada por Fernando Martins, que também compôs a trilha sonora original. A iluminação é assinada por Rossana Boccia, o figurino por Carolina Sudatti, e o elenco conta com intérpretes-criadores experientes que dão vida e emoção à narrativa visual, são eles: Aline Espírito Santo, Izabelle Paiva, Kelven Alex, Luz Coelho, Marcos Souza, Nayara Conceição e Núbia Santos.
A força da dança para narrar o Pantanal
A Cia de Dança do Pantanal foi criada em 2017 em Corumbá (MS), região de fronteira com a Bolívia, como um produto do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, cuja missão é promover o acesso à cultura e a profissionalização de bailarinos oriundos de projetos sociais na região pantaneira. Com repertórios que misturam dança neoclássica e contemporânea, a companhia destaca o bioma do Pantanal, que se estende pelo Brasil, Paraguai e Bolívia, impondo-se como a maior área inundável do mundo e um dos ambientes naturais mais ameaçados.
Ao longo de sua trajetória de oito anos, a companhia tem levado sua arte a palcos nacionais e internacionais, com performances que buscam ampliar o olhar sobre a preservação ambiental e a diversidade cultural da região. Em “Estado Fantasma II”, a Cia volta a colocar a dança como instrumento de denúncia e esperança, reforçando a urgente ligação entre humanidade e natureza para superar a atual crise ambiental.
Sobre o Moinho Cultural
Fundado há 21 anos, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano atua nas regiões fronteiriças do Mato Grosso do Sul, promovendo a transformação social por meio da cultura, educação e tecnologia. Já beneficiou mais de 25 mil crianças, adolescentes e jovens, proporcionando acesso e oportunidade de crescimento cultural e profissional.
A Cia de Dança do Pantanal tem patrocínio master do Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A iniciativa integra ações do Programa Vale Música e conta ainda com o patrocínio de J.Macedo, BTG Pactual e Too Seguros. Recebe ainda apoio cultural da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul e SETESC, além da parceria cultural com o Teatro Municipal de Ouro Preto e a Prefeitura de Ouro Preto. A realização é do Moinho Cultural, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.
Foto: Divulgação