Mariana viveu um momento decisivo na Arena Mariana na terça-feira (25), onde mais de 800 atingidos se reuniram para celebrar a decisão histórica da Justiça inglesa, que considerou a BHP Billiton culpada pelo rompimento da barragem de Fundão. O reconhecimento internacional fortalece a pressão por uma reparação mais justa e proporcional aos danos causados.
O prefeito Juliano Duarte (PSB) foi firme ao denunciar a exclusão de Mariana das negociações da repactuação no Brasil. Ele classificou o acordo como desequilibrado:
“Mariana ficou com menos de 1% do acordo, enquanto a União recebeu R$ 50 bilhões e Minas R$ 27 bilhões. Os atingidos sequer foram ouvidos. Não assinei a repactuação porque meu compromisso é defender o interesse do município.”
Juliano reforçou que a vitória na Inglaterra representa apenas o começo de uma nova etapa:
“Seguiremos para a fase de quantificação no próximo ano. É mais um passo na luta por justiça, integridade e reconstrução dos futuros interrompidos.”
O advogado Bernardo Campomizzi Machado, que representa centenas de atingidos, destacou a firmeza da gestão municipal:
“Juliano resistiu a uma pressão enorme e escolheu lutar por justiça. Hoje é um dia histórico: ficou claro que quem causou o dano tem obrigação de reparar.”
Segundo ele, a vitória internacional simboliza a força dos atingidos e a persistência de Mariana:
“O Caso Inglês Mariana mostra que essa cidade não desistiu. Agora começamos a colher o que foi plantado ao longo de oito anos de coragem.”
O encontro marcou um posicionamento claro: Mariana seguirá firme até que a reparação seja plena e proporcional ao tamanho do crime que mudou a história da cidade.
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Foto: Reprodução / Redes Sociais