A Samarco dobra sua capacidade produtiva instalada com a reativação do Concentrador 2 e a implementação de mais uma planta de filtragem de rejeitos no Complexo de Germano (MG), a apresentação ocorreu na segunda-feira (16/12), quando concluiu mais uma etapa do plano de retomada operacional gradual. Com esse avanço, a empresa estima alcançar a produção de 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério em 2025. Esse volume representa o dobro da produção registrada no início da retomada em 2020.
Para essa nova etapa, a Samarco também reativou mais uma usina de pelotização, no Complexo de Ubu (ES), em agosto deste ano. A empresa fez uma série de investimentos em novas tecnologias, seguindo o planejamento pautado pela segurança e sustentabilidade, com aportes que somam R$ 1,6 bilhão.
“O ano de 2024 marca a consolidação da nossa estratégia de retomada operacional e a sustentabilidade de nosso negócio. A ampliação da capacidade produtiva nos reposiciona novamente entre os principais players do mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro”, destacou o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela.
O próximo passo será alcançar 100% da capacidade produtiva instalada até 2028. O projeto para essa fase contempla o retorno da operação do Concentrador 1, em Germano, e das Usinas de Pelotização 1 e 2, em Ubu, além da construção de uma nova planta de filtragem em Minas Gerais.
Atualização tecnológica
A Usina de Pelotização 3 (P3), que recebeu atualização tecnológica, tem operado com excedente de minério da Usina de Pelotização 4, em operação desde dezembro de 2020, otimizando processos.
O Concentrador 2 também passou por aperfeiçoamento tecnológico, atividades eletromecânicas e de integridade estrutural, seguindo normas regulamentadoras de segurança, saúde e meio ambiente. A melhoria permite a ampliação da filtragem do minério e o aumento da produção.
O Complexo de Germano também passa a contar com uma nova planta de filtragem de rejeitos para empilhamento a seco, estrutura que garante mais segurança e que permite que grande parte da água extraída seja reutilizada nas operações da empresa, reforçando práticas de sustentabilidade.
Gestão e Pessoas
O envolvimento das lideranças e equipes da Samarco também foi um diferencial para o plano de retomada operacional. Para isso, a empresa investiu em programas de porta de entrada para atração de novos empregados, processos de gestão para engajamento das equipes, treinamentos, além de oferecer cursos técnicos e profissionalizantes para alavancar o desenvolvimento das comunidades onde a empresa atua em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Para alcançar a capacidade produtiva instalada de 60% foram mobilizadas cerca de 3 mil pessoas, entre próprias e contratadas, priorizando grupos minorizados e moradores das regiões onde a Samarco atua. Atualmente, a Samarco conta com mais de 15 mil profissionais.
"Chegamos a essa nova etapa com indicadores de segurança em linha com os padrões internacionais, reforçando nosso compromisso com as pessoas. Também avançamos com inovação e sustentabilidade, buscando o aumento da eficiência das plantas de beneficiamento do minério para reduzir a geração de rejeitos", destacou o diretor Técnico e Projetos, Reuber Koury.
Sustentabilidade
As iniciativas de inovação e sustentabilidade incluem ainda projetos para ampliação da utilização do rejeito arenoso, que atualmente já é aplicado na fabricação de concreto, além do aproveitamento do ultrafino em pavimentações ecológicas. Além disso, a empresa utilizou mais de 3 milhões de toneladas de rejeito arenoso gerado nas obras de descaracterização da Barragem do Germano entre janeiro e outubro deste ano.
Esses projetos reforçam o compromisso da empresa em garantir a destinação adequada e aumentar formas de valorização do rejeito com investimento em inovação e incentivo à economia circular. O aproveitamento de rejeitos é ainda uma oportunidade de contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à indústria, inovação e produção sustentável.
Outra inovação diz respeito ao uso de bio-óleo nas usinas de pelotização no Espírito Santo, projeto pioneiro que está sendo desenvolvido para substituição gradual do gás natural na matriz energética da empresa, contribuindo para o processo de descarbonização do setor de mineração.
Foto: Luix Filipe Nascimento / Divulgação